Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso no Presídio de Caeté, na Grande BH, apareceu irreconhecível após três meses detido durante
O depoimento foi dado no
Nas imagens, Renê, preso desde agosto, aparece com os cabelos grisalhos e usando óculos, bem diferente de quando cometeu o crime, em 11 de agosto. Na época, ele tinha os cabelos pretos e mantinha o corpo musculoso. Nas redes sociais, diversos usuários comentaram a mudança na aparência do acusado.
“Botox já caiu, a carcaça já murchou e o cabelo já nevou”, escreveu um internauta. “Gente, envelheceu uns 20 anos”, comentou uma segunda usuária. “Até nevou no cabelo”, disse outra. “Os cabelos ficaram brancos rápido”, observou uma quarta pessoa.
Vale lembrar que, na época em que cometeu o crime, Renê se apresentava nas redes sociais como vice-presidente, diretor-executivo e diretor comercial, após assumir as funções em duas semanas. A Universidade Harvard, em Cambridge (EUA), desmentiu que ele tivesse se formado na instituição, apesar de Renê afirmar em seu LinkedIn que possuía o diploma.
Renê responde por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, porte ilegal de arma de fogo e fraude processual. Se for condenado, a pena pode ultrapassar 30 anos de prisão.
Ao todo, quatro testemunhas foram ouvidas. Uma quinta foi dispensada, e a sextam um perito da Polícia Civil, enviará as respostas por escrito.
Ele está preso desde 11 de agosto, data do crime ocorrido no bairro Vista Alegre, na Região Oeste da capital mineira.
Como foi a audiência nessa terça (25)
O primeiro dia da audiência de instrução foi realizado nessa terça-feira (25), com a presença de oito testemunhas.
Além dos quatro colegas que presenciaram o momento do crime, policiais civis e militares também foram ouvidos. A motorista do caminhão de lixo, Eledias Aparecida Rodrigues, 44 anos, uma das principais testemunhas do caso envolvendo o gari, foi uma das pessoas ouvidas.
Durante o procedimento, Eledias afirmou sentir que foi vítima do poder econômico do réu, Renê, que, segundo ela, usou dessa posição para constrangê-la e aos colegas. A audiência iniciou às 9h e também contou com a presença de Thiago Rodrigues, outro colega de Laudemir e testemunha, que afirmou que sua rotina de trabalho foi alterada.
Renê Júnior estava algemado durante audiência
Ele e seus companheiros optaram por mudar a rota anterior devido ao impacto de terem segurado o colega morrendo nos braços.
Além do trauma, Thiago lamentou o desrespeito contínuo de algumas pessoas na rua, que fazem brincadeiras e xingamentos. Ele relatou ter ouvido motoristas fazerem piadas com a tragédia: “Cuidado, hein? Cuidado com o tal do Renê aí, hein”.
O crime
A vítima trabalhava na coleta de lixo quando Renê Júnior, que dirigia um BYD de cor cinza, que seguia no sentido contrário, se irritou, alegando que o veículo atrapalhava o trânsito.
Foto do Laudemir, morto em BH; imagem de Rua Flor da Noiva
Armado, Renê apontou a arma para a motorista do caminhão e ameaçou atirar no rosto dela. Ele seguiu, passou pelo caminhão, desceu do carro com a arma em punho, deixou o carregador cair, o recolocou e atirou contra o gari.
A bala atingiu a região das costelas do lado direito, atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. Renê foi preso horas depois, ao chegar à academia.