A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação nesta terça-feira (23) contra um ex-gerente do Banco do Brasil. Ele é um dos responsáveis por um esquema de fraudes que gerou prejuízo superior a R$18 milhões ao banco.
A esposa dele e um sócio também são alvos da ação. Batizada como “Porta Giratória”, a operação da 3ª Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro cumpre cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao trio.
Foram apreendidos relógios de luxo, entre eles cinco da marca Rolex, além de documentos. A Justiça determinou o sequestro de bens e valores para garantir o futuro ressarcimento dos prejuízos.
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As investigações tiveram início após uma auditoria interna do próprio Banco do Brasil, que apontam que o ex-gerente de relacionamento teria aprovado e liberado 70 operações de crédito fraudulentas para cerca de 24 empresas de fachada.
O ex-gerente e a esposa receberam quase R$ 1,5 milhão em transferências diretas, parte vinda de ao menos duas das empresas fantasmas que ele mesmo beneficiou com os empréstimos.
A outra parte dos valores, segundo a polícia, foi enviada pelo sócio, que era apontado como um “consultor financeiro”. Ele é considerado peça central do esquema. A investigação revela que ele recebeu aproximadamente R$ 1,27 milhão de pelo menos 10 das 24 empresas listadas como suspeitas pelo banco.
Depois, esse “consultor” repassou a maior parte desses valores para o ex-gerente e sua esposa. O homem atuou como gerente de relacionamento no BB entre janeiro de 2019 e dezembro de 2024, quando foi demitido por justa causa. Segundo a polícia, a exoneração está relacionada aos desvios na instituição.