Proprietária de barraca em Porto de Galinhas questiona versão de turistas sobre agressão

O governo de Pernambuco afirma que 14 pessoas envolvidas no espancamento de um casal, que teria questionado o valor cobrado por cadeiras na praia, já foram identificadas

Caso Porto de Galinhas: 14 serão indiciados após agressão a turistas por cobrança abusiva.

A proprietária da barraca que se envolveu em uma confusão por um suposto aumento indevido na cobrança pelo aluguel de cadeiras na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, contesta a versão do casal de turistas de Mato Grosso do Sul.

Em entrevista à TV Jornal, afiliada do SBT, a dona do comércio, identificada apenas como Maura, alega que foram os dois homens que iniciaram as agressões. De acordo com ela, os turistas estavam cientes de que cada cadeira custava R$ 20 e que o guarda-sol também tinha esse valor.

A proprietária afirma que o casal utilizou três cadeiras e um guarda-sol, totalizando o valor de R$ 80.

A versão apresentada por Jonnhy Andrade Barbosa e Claiton Zanatta, no entanto, diverge da relatada pela comerciante. Os dois contam que, no último sábado (27), fizeram um acordo com um barraqueiro, que ofereceu duas cadeiras e um guarda-sol pelo valor de R$ 50, desde que não consumissem nada da barraca.

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Eles aceitaram a proposta e, no momento de acertar o pagamento, teriam descoberto que o valor inicialmente combinado havia passado para R$ 80. Ao questionarem a mudança, as agressões teriam começado.

Johnny foi agredido com socos e pontapés, além de ter recebido até uma “cadeirada”. Em vídeos que circulam nas redes sociais, a dupla aparece sendo encurralada por um grupo de homens que desfere socos e tapas contra as vítimas.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), afirmou que o episódio se tratou de um “crime grave” contra os dois turistas. Ela disse que 14 pessoas envolvidas no espancamento já foram identificadas e serão indiciadas em um inquérito policial. “Peço desculpas. Nossa praia é linda, nosso povo é acolhedor e transpira carinho para aqueles que vêm nos visitar”, declarou a governadora nas redes sociais.

A prefeitura de Ipojuca informou que suspendeu temporariamente a licença de funcionamento da barraca onde a confusão teria começado. O prefeito Carlos Santana (Republicanos) afirmou que a segurança nas praias foi reforçada pela Guarda Municipal, pelos órgãos ambientais e pelo Procon, com o objetivo de evitar práticas abusivas por parte de barraqueiros e vendedores ambulantes.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.

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