O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou nesta quarta-feira (1º) para os cuidados com
“Evitem tomar destilados que vocês não tenham total segurança da origem, evitem isso nesse momento. Fiquem hidratados, porque se você estiver alimentado e mais hidratado, isso pode minimizar o risco”, disse o ministro em entrevista a rádio CBN.
Segundo o ministro, a alta no número de casos deve ocorrer porque o Ministério da Saúde orientou profissionais a notificarem já no primeiro sintoma dos pacientes. Segundo o município, o estado recebeu 13 notificações de suspeita de contaminação por metanol. Uma já foi confirmada, com quatro mortes e nove pacientes atendidos em hospitais públicos e particulares após consumir bebidas supostamente adulteradas.
Homem que morreu em casa após beber vira caso suspeito por intoxicação por metanol em SP Bar interditado por suspeita de intoxicação por metanol em SP comprou bebidas de vendedor de rua
“A gente deve identificar mais situações e mais casos suspeitos. Nossa orientação é para que os profissionais de saúde notifiquem já no primeiro sintoma, na primeira suspeita de alguma relação com aquele quadro clínico de intoxicação por metanol”, afirmou.
Padilha
“A expectativa é que o número de casos aumente nos próximos dias. A gente quer chamar a atenção dos trabalhadores da saúde que estão na ponta, que estão de frente com os casos. Então, com certeza, o número de notificações sobre casos suspeitos deve aumentar”, destacou.
O ministro explicou ainda que, no Brasil, os antídotos só podem ser usados com autorização do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox).
“Nós temos o principal antídoto no Brasil, o metanol farmacêutico. Não é o comum, não é o das bebidas e muito menos o dos combustíveis. É uma formulação farmacêutica com concentração variada. A utilização dele é recomendada sob supervisão do Ciatox. Temos ele em vários prontos-socorros, inclusive com profissionais preparados para usar, mas deve haver recomendação do Ciatox do estado”, disse.
Segundo Padilha, existe ainda outro antídoto, chamado fomepizol, que não tem registro para comercialização no país. A tendência de aumento nos casos fez o ministério acionar empresas produtoras para garantir o estoque.
“O Ministério da Saúde já acionou as empresas que produzem esse antídoto para estimular a retomada da produção e comercialização. Além disso, avaliamos a possibilidade de importar diretamente para manter um estoque de reserva no Sistema Único de Saúde”, completou.
Balanço estadual sobre intoxicação por metanol
De acordo com a Secretária Estadual de Saúde de São Paulo, subiu para 25 os casos suspeitos por metanol no estado. Em todos os casos de óbitos, os exames estão sendo realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) para confirmar ou descartar a contaminação.
Dos 25 casos, 18 deles estão sendo investigados; 7 deles foram confirmados como intoxicação por metanol.
Entre os óbitos, todas as vítimas são homens:
Um homem de 38 anos que faleceu em 18 de setembro (atendido em um hospital privado)
Um homem de 58 anos que faleceu em 24 de setembro (atendido no Hospital de Urgência)
Um homem de 45 anos que faleceu em 28 de setembro (atendido na rede particular)
Um homem de 49 anos que faleceu em casa em 30 de setembro.
O que é o metanol?
O metanol, encontrado na bebida ingerida por Diogo e os amigos, é uma