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Juliana Marins: família explica quem custeará translado do corpo e critica governo da Indonésia

Autópsia do corpo de Juliana Marins foi divulgada sem autorização da família por médico da Indonésia

Juliana Marins foi encontrada morta quatro dias após queda sofrida na Indonésia

A família da brasileira Juliana Marins, encontrada morta após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ainda aguarda vagas em voos para voltar ao Brasil.

Nessa sexta-feira (27), Mariana Marins, irmã de Juliana Marins, esclareceu algumas dúvidas sobre o translado do corpo da irmã. Pela primeira vez ela contou que aceitou a ajuda da Prefeitura de Niterói para custear todo o processo.

“A Prefeitura de Niterói vai pagar o translado do corpo da Juliana para o Brasil. Juliana amava Niterói, era apaixonada pelas praias de Niterói. Ela amava de paixão. É muito bonito ver essa atitude da prefeitura em relação a Juliana”, disse.

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Mariana era de Niterói, cidade localizada na região metropolitana do Rio. O corpo dela será sepultado na cidade e a prefeitura também deve arcar com os custos da cerimônia de despedida.

Em outra postagem, Mariana Marins aproveitou para criticar a forma como o médico legista Ida Bagus Putu Alit, do Instituto Médico Legal de Bali, divulgou o resultado da autópsia feita no corpo da Juliana. Segundo Mariana, o médico concedeu uma coletiva de imprensa antes de comunicar a família.

“Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, porém, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico legista achou de bom tom fazer uma coletiva de imprensa pra falar pra todo mundo que estava dando laudo em vez de falar pra família antes. É absurdo atrás de absurdo”, afirma.

Segundo o laudo, Juliana sofreu um trauma torácico grave provocado por um forte impacto, que teria causado grande hemorragia interna e danos irreversíveis aos órgãos respiratórios. O laudo diz ainda que Juliana sofreu escoriações por todo o corpo devido à queda, especialmente nas costas e nos membros superiores e inferiores, e os ferimentos mais graves teriam sido no peito.

Alit disse ainda que a hora estimada da morte de Juliana foi em torno de 20 minutos após o ferimento e a morte dela teria ocorrido entre 12h e 24 horas antes da autópsia. O médico reforçou ainda que durante o exame, não havia sinais de que a vítima tivesse morrido por hipotermia.

Nessa sexta, o Diário Oficial publicou uma alteração no decreto que impedia o governo federal de custear translado de brasileiros mortos no exterior. Com a mudança, o governo pode pagar as despesas em caso de mortes que causarem comoção ou quando a família comprovar incapacidade financeira. Segundo o Itamaraty, o dinheiro já está na conta na embaixada do Brasil em Jacarta.

Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.