Segundo o delegado Eronides Meneses, da Delegacia de Crimes Cibernéticos de Pernambuco, Cayo Lucas aprendeu a hackear os bancos de dados em aulas no YouTube. “Ele aprendeu [a invadir sistemas] pela internet, realmente, com grupos. E aí, aprendendo com aulas no YouTube, sozinho mesmo. Na verdade, ele é bastante habilidoso”, detalhou o delegado.
Cayo Lucas também é investigado por fazer parte de uma quadrilha que, por meio de “desafios”, promovia exploração sexual de crianças e adolescentes.
Além dele, foi preso ainda um jovem identificado como Paulo Vinicios Oliveira Barbosa. Os dois eram amigos, e o segundo foi capturado em flagrante, porque, no momento em que a polícia entrou na casa, o computador de Paulo estava aberto num sistema da Secretaria de Defesa Social (SDS).
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Ambos vão responder por invasão de dispositivo informático. De acordo com o delegado Eronides Meneses, Cayo Lucas já era investigado pela Polícia Civil por outros crimes, mas ele não deu detalhes sobre a investigação, que é sigilosa.
O delegado informou ainda que tanto Cayo quanto Paulo Vinícius ganhavam dinheiro vendendo informações sigilosas pela internet. Eles conseguiam credenciais para sistemas restritos em grupos no Telegram e, assim, obtinham os dados.
Segundo a investigação da Polícia Civil de São Paulo, Cayo Lucas usava uma conta na rede social Telegram para anunciar os serviços criminosos. Em uma postagem, ele prometia obter identidade, bloquear contas bancárias e pegar foto 3x4 “de qualquer pessoa do Brasil”.