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Frigorífico expõe cartaz que ‘petista não é bem-vindo’ e deputado do PT denuncia ao MP

Estabelecimento é conhecido pelo forte apoio público ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Segundo o deputado, a conduta do açougue é configurada como publicidade abusiva

Um açougue em Goiânia causou polêmica ao fixar um cartaz dizendo que “petista aqui não é bem-vindo” na porta do estabelecimento. O caso levou o deputado estadual Mauro Rubem (PT) a denunciar a empresa ao Ministério Público e ao Procon de Goiás.

O estabelecimento, Frigorífico Goiás, é conhecido pelo forte apoio público ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), expondo em suas redes sociais e vendendo produtos embalados com a foto de Bolsonaro e Donald Trump.

Nas eleições de 2022, o frigorífico fez uma promoção de picanha a R$ 22 o quilo para quem vestisse a camiseta da Seleção Brasileira, em alusão ao número de urna do então candidato Jair Bolsonaro (PL). A prática foi proibida pela Justiça Eleitoral na época.

Na última quarta-feira (24), o parlamentar petista anunciou que protocolou uma representação no Ministério Público e uma denúncia administrativa no Procon após a colocação do cartaz com a frase “petista aqui não é bem-vindo”.

Segundo o deputado, a conduta do açougue é configurada como publicidade abusiva e prática comercial abusiva por recusa injustificada de atendimento.

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“Estabelecimento aberto ao público não pode excluir consumidores por ideologia. Quando uma loja escreve que determinado grupo ‘não é bem-vindo’, pratica discriminação e viola a legislação de defesa do consumidor”, afirmou Mauro Rubem em nota.

Após a denúncia, o dono do frigorífico, Leandro Batista da Nóbrega, publicou um vídeo xingando o deputado. “Petista aqui não é proibido de entrar no Frigorífico Goiás, não. Não é bem-vindo entrar aqui. Isso não significa que é proibido entrar aqui, seu vagabundo”, disse.

Nesta sexta (26) em resposta, o deputado do PT divulgou uma nova nota afirmando que cumpriu seu papel como parlamentar ao “fiscalizar e encaminhar às autoridades competentes situações que podem configurar abusos ou ilegalidades”. Segundo ele, o estabelecimento retirou o cartaz depois das denúncias.

*Com informações de Daniel Weterman, do Estadão

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde