Gabriel Spalone, de 29 anos, foi detido pela Polícia Federal no Panamá, na noite desta sexta-feira (26). O empresário e influenciador é suspeito de participar de um esquema que, via Pix, teria desviado R$ 146 milhões.
Spalone é dono da Dubai Cash e Next Trading Dubai, que se apresentam como fintechs voltadas a pagamentos e investimentos, com promessas de atuação no Brasil e no exterior. Ele, que conta com mais de 800 mil seguidores no Instagram, estava foragido desde terça-feira (23), quando a Polícia Civil de São Paulo realizou a “Operação Dubai”.
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Segundo as investigações, após deixar o Brasil, o influenciador seguiu para o Paraguai, onde comprou uma passagem com destino a Nova York, nos Estados Unidos, com escala no Panamá.
De acordo com a Polícia, o objetivo final da viagem era chegar a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Porém, ao chegar ao Panamá, Gabriel Spalone desistiu da conexão para Nova York e adquiriu uma nova passagem com destino à Holanda, momento que acabou preso ao tentar embarcar.
O que diz a defesa de Spalone?
Em nota enviada à Itatiaia, o advogado Eduardo Maurício afirmou que “seu cliente foi detido pelo Setor de Imigração do Aeroporto Internacional do Panamá, de forma ilegal e abusiva, que lhe causa constrangimento ilegal, já que nunca sequer foi intimado pessoalmente para prestar esclarecimentos no inquérito policial, e de qualquer outro ato da investigação, não existindo inclusive qualquer mandado de prisão preventiva vigente no Brasil e muito menos qualquer inclusão no alerta vermelho na Interpol que justifique sua detenção em solo estrangeiro, o que contraria inclusive a legalidade de atos em um cenário de cooperação jurídica internacional.
A defesa informa que todos os atos legais já estão sendo tomados para a liberação do influencer no Panamá e também perante à Interpol (em Lyon) para que o influencer seja liberado, e que Spalone já esclareceu e apresentou todas as provas formalmente via petição ao Ministério Público e Juiz de São Paulo, que demonstram inexistir necessidade de prisão temporária ou até mesmo em conversão em prisão preventiva, e qualquer ato ilícito de sua autoria”.