Chegou a época mais temida - e esperada - pelos estudantes que querem ingressar na faculdade no ano que vem: o
Um dos grandes problemas que os alunos terão que lidar é a ansiedade, tanto antes da prova, quanto na semana entre os dois testes. Por isso, o professor de psicologia e supervisor do núcleio de apoio psicopedagógico e inclusão da Faseh, Welder Vicente, deu algumas dicas.
Segundo ele, antes da prova e nos intervalos entre os dias de exame, “recomenda-se a prática de técnicas psicocorporais de regulação emocional”. “Exercícios respiratórios, como a respiração diafragmática (inspirar pelo nariz por quatro segundos, reter o ar por dois e expirar lentamente pela boca por seis), ajudam a reduzir a ativação fisiológica do estresse”, recomendou.
“Outra estratégia eficaz é o grounding, que consiste em reconectar-se ao momento presente por meio dos sentidos - perceber o que se vê, ouve, sente e toca -, o que reduz pensamentos antecipatórios catastróficos”, acrescentou.
“Para estudantes neurodivergentes, pode-se adaptar essas práticas com o uso de objetos táteis, música calma ou apoio visual. Caminhadas curtas, alongamentos e meditação guiada também contribuem para reorganizar a mente e o corpo”, completou o professor.
Já na semana entre as provas, o foco deve ser o autocuidado e o equilíbrio: “revisar conteúdos leves, manter a rotina de sono e evitar a sobrecarga cognitiva”, explicou.
“A prática de autoafirmações realistas (“fiz o melhor possível com o que sabia”, “tenho condições de continuar bem”) reforça a autoeficácia - conceito central na Psicologia Positiva, associado à confiança na própria capacidade de resolver desafios. Atividades prazerosas, contato social saudável e tempo ao ar livre auxiliam na regulação do humor e na recuperação energética”, disse.
No dia, o professor recomenda que o aluno tenha organização, autoconhecimento e se prepare emocionalmente.
“Planejar o deslocamento, garantir alimentação leve, levar materiais necessários e chegar com antecedência ajuda a reduzir incertezas. Técnicas de visualização positiva - imaginar-se iniciando a prova com tranquilidade e concluindo com confiança - auxiliam na construção de uma narrativa interna de segurança. Além disso, é importante reconhecer que errar é parte do processo de aprendizagem, não uma falha pessoal”, afirmou.
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O que fazer se tiver uma crise de ansiedade durante a prova?
Algo que também é possível de acontecer é o aluno ter uma crise de ansiedade na prova, com sintomas como taquicardia, tremores, sudorese, sensação de falta de ar ou pensamentos de incapacidade.
“O primeiro passo é reconhecer o episódio sem julgamento. Tentar controlar à força a crise tende a intensificá-la. O foco deve ser retomar o ritmo respiratório com exercícios simples e ancorar-se em elementos concretos do ambiente: sentir os pés no chão, apoiar as mãos na mesa, tomar um gole d’água”, explicou o especialista.
“Se o local de prova permitir, é válido comunicar o fiscal e pedir alguns minutos para se recompor. Para estudantes com deficiência, transtornos de ansiedade ou outras condições que demandam adaptações, é importante solicitar com antecedência o atendimento educacional especializado, que assegura pausas e recursos adequados”, completou.
