A Polícia Militar de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, prendeu neste sábado (20), Iago Gomes Batista, de 30 anos, conhecido pelo vulgo “Testão”. O suspeito havia deixado o sistema prisional no último dia 28 de novembro, ocasião em que celebrou a liberdade com vídeos nas redes sociais e queima de fogos, mas voltou a ser detido em virtude de um novo mandado de prisão.
A prisão foi efetuada por militares da 58ª Companhia do Tático Móvel, sob o comando do Sargento Ivan, em uma operação conjunta com o 2º DRACO/DEIC da Polícia Civil. Iago foi surpreendido na casa de sua mãe, no bairro Palmital, e não ofereceu resistência. Segundo a PM, ele não sabia que havia um novo mandado de prisão em aberto contra ele, desta vez relacionado ao envolvimento com o tráfico de drogas.
Histórico de violência e ostentação
“Testão” é uma figura conhecida no meio policial de Santa Luzia. Ele é o principal suspeito de um homicídio cometido à luz do dia na região da “Savassinha”. Na ocasião, ele teria assassinado um adolescente de 17 anos que integrava uma gangue rival. O crime foi registrado por câmeras de segurança, cujas imagens foram fundamentais para a investigação.
Após passar cerca de seis meses preso por este homicídio, Iago ganhou as ruas no final de novembro. A comemoração com foguetório e postagens na internet, chamou a atenção das autoridades e da comunidade.
O Sargento Ivan detalhou que a localização do suspeito foi rápida devido ao conhecimento da tropa sobre a região. “Fizemos um cerco na casa e chamamos no portão. Ele de pronto atendeu e foi cientificado de que estava sendo preso mais uma vez”, afirmou o sargento.
Durante a abordagem, Iago alegou aos militares que, desde que saiu da cadeia, estava trabalhando como motorista de aplicativo. No entanto, o novo mandado de prisão é fruto de um inquérito que corre em segredo de justiça, derivado da “Operação Carniço”, que investiga organizações criminosas e o tráfico de entorpecentes na Grande BH.
Iago Gomes Batista foi encaminhado à delegacia e, posteriormente, será reintroduzido ao sistema penitenciário, onde permanecerá à disposição da Justiça.