As chamadas “canetas emagrecedoras” têm ganhado popularidade, mas o termo é considerado limitado por especialistas. Segundo a endocrinologista Bárbara Gabriela, essas medicações representam uma revolução no tratamento da obesidade, pois atuam não apenas na perda de peso, mas também no controle da glicemia e da insulina.
“A perda de peso é um dos efeitos, mas não o principal. Hoje algumas pessoas pensam que se restringe a isso, mas elas têm ações muito maiores”, explica a médica, à Itatiaia.
Bárbara ressalta que não existe o chamado “efeito sanfona” causado pelas canetas. Segundo ela, o reganho de peso ocorre quando o paciente abandona o tratamento e retorna ao antigo estilo de vida.
“O carro-chefe é mudar o estilo de vida. A medicação ajuda na alimentação, mas se o paciente para e volta aos hábitos antigos, ele tende a ganhar o peso novamente”, afirma.
Sobre o tempo de uso adequado da medicação
O tempo de uso e a retirada do medicamento variam conforme cada caso. “Esse desmame é muito individual e depende da resposta do paciente e das comorbidades associadas”, explica Bárbara.
A endocrinologista alerta que o uso das medicações deve ser feito com prescrição médica, conforme determinação da Anvisa. “O médico precisa avaliar se o paciente realmente precisa do medicamento e como ele deve ser acompanhado”, pontua.
Bárbara também reforça que o emagrecimento deve ser lento e saudável, com foco na qualidade do peso perdido. “É preciso entender se o que está sendo perdido é gordura ou massa muscular. Quanto mais rápida a perda, maior a chance de recuperar o peso”, diz.
Envelhecimento saúdavel é com indepedência
A médica destaca que o controle de peso e o cuidado com a saúde são essenciais para um envelhecimento saudável.
“Envelhecer bem é envelhecer com independência. Para isso, é preciso manter uma boa alimentação, praticar atividade física e preservar a massa muscular”, conclui.
(Sob supervisão de Aline Campolina)
 
                 
 
 
 
