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Aluguel ou casa própria? Entenda os fatores que devem influenciar essa decisão

Cresce o número de brasileiros que optam por alugar imóveis em busca de flexibilidade e equilíbrio financeiro

Aluguel ou casa própria? Entenda os fatores que devem influenciar essa decisão

O sonho da casa própria segue presente na vida de grande parte da população brasileira. No entanto, mudanças econômicas, sociais e culturais têm levado muitas pessoas a repensar esse objetivo e considerar o aluguel como uma alternativa viável — e, em alguns casos, mais vantajosa.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, 17,3% das famílias brasileiras vivem atualmente em imóveis alugados. Em Belo Horizonte, esse percentual sobe para 24,8%, uma das maiores proporções entre as capitais do país. Ainda assim, a maioria dos domicílios no Brasil (66%) é própria, seja quitada ou em processo de financiamento.

A escolha entre comprar ou alugar um imóvel, segundo especialistas, depende de uma série de fatores individuais. “Não há resposta única para todos. A casa própria oferece segurança e estabilidade, mas também exige alto investimento inicial e custos com manutenção. Já o aluguel pode representar mais liquidez e liberdade para quem deseja investir ou mudar com mais facilidade”, explica o consultor financeiro, Guto Moizés.

Perfil e planejamento devem guiar a escolha

Entre os pontos que devem ser considerados, Guto destaca a estabilidade no emprego, as perspectivas de mudança de cidade, a formação familiar e a renda disponível.

“Alugar pode ser mais vantajoso para quem está no início da carreira e ainda não tem planos fixos. Já famílias com filhos pequenos ou idosos geralmente preferem a estabilidade do imóvel próprio”, afirma.

O custo de oportunidade também pesa. Um levantamento da FipeZap aponta que, em regiões como Savassi e Centro-Sul de Belo Horizonte, o valor médio do aluguel mensal corresponde a cerca de 0,3% do valor total do imóvel. Ou seja, seria necessário mais de 27 anos de aluguel para atingir o preço de compra. Nesses casos, o aluguel pode ser mais interessante, especialmente se o valor economizado for investido em aplicações com rendimento superior à inflação.

Para o consultor, o ponto central é o planejamento. “Mais importante do que comprar ou alugar é entender seus objetivos financeiros e de vida. A decisão precipitada pela compra pode resultar em dívidas longas e prejudicar o equilíbrio financeiro. Simular cenários e buscar orientação profissional são passos fundamentais para fazer uma escolha consciente”, conclui.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.