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Prisão Poze no Rodo: equipe do funkeiro se pronuncia ‘perseguição’

Cantor foi detido pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho e apologia ao crime

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Após o cantor Poze no Rodo ser preso na madrugada desta quinta-feira (29), a equipe do funkeiro se posicionou sobre o assunto. “As acusações de tráfico e apologia ao crime não fazem o menor sentido, Poze é um artista que venceu na vida através de sua música”, iniciou a nota.

Segundo a equipe, as músicas de Poze não poderiam ser categorizadas como apologia ao crime porque se tratam de obras de ficção. “Muitos músicos, atores e diretores têm peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas que nunca são processados”, aponta.

Ainda, a nota diz que a prisão do funkeiro e de qualquer outro artista do meio seria “criminalização da arte periférica, uma perseguição e mais um episódio de racismo e preconceito institucional”. Segundo o comunicado, a forma que Poze foi conduzido seria uma evidência da discriminação contra artistas periféricos.

Prisão de Poze no Rodo

O artista foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste o Rio de Janeiro. Ele foi detido por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho e apologia ao crime.

Segundo as investigações, o Poze realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pela facção criminosa, com a presença de traficantes armados. Além disso, a investigação identificou que o repertório das músicas do MC Poze do Rodo faz clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes.

“As letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas”, diz um trecho da nota da Polícia Civil.

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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.