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Condenado no Brasil a 12 anos de prisão por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, Tuta estava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020. Sua captura foi fruto de uma ação conjunta da Polícia Federal brasileira e da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC), da Bolívia.
A transferência do criminoso ao território nacional foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pelo Ministério das Relações Exteriores. Após ser entregue em Corumbá (MS), Tuta foi transportado em uma aeronave da Polícia Federal até o Distrito Federal.
O deslocamento até o presídio de segurança máxima contou com a escolta de 18 policiais penais federais, além do apoio das polícias Militar e Civil do DF. No total, 50 agentes da Polícia Federal participaram da operação, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT).
Na Penitenciária Federal em Brasília, Marcos Roberto de Almeida ficará em regime de isolamento, como prevê o protocolo para presos de alta periculosidade. A unidade integra o Sistema Penitenciário Federal (SPF), voltado ao encarceramento de lideranças do crime organizado e indivíduos considerados ameaça à segurança pública.
Companhia famosa
Na Penitenciária Federal em Brasília, Tuta terá a companhia
A ligação entre os dois é antiga e está diretamente ligada a linha sucessória do Primeiro Comando da Capital (PCC), liderado por Marcola.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, em 2020, foram identificados 21 suspeitos de integrarem a nova cúpula do PCC. Entre eles estava Tuta, que chegou a assumir o comando da facção por escolha do próprio Marcola.
A investigação apontou ainda que Tuta seria o responsável pelos planos de fuga das lideranças do PCC reclusas em presídios federais, e de liderar os planos para assassinar agentes e autoridades públicas em represália às transferências e ações contra a cúpula da organização.