Uma jovem presa em flagrante, com 3,2 kg de cocaína escondidos no forro da mala, foi o ponto de partida para a
Batizada de Operação Tropeiros II, a ação foi coordenada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). Cerca de 100 agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em residências, empresas, casas de câmbio e escritórios de advocacia no Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo, Campinas e Salvador. A Justiça também determinou o sequestro de bens, bloqueio de contas e restrições como a entrega de passaportes e proibição de saída do país.
Esquema
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava utilizando “mulas” para levar cocaína à Europa. As substâncias ilícitas eram entregues a contatos do grupo no exterior, que se encarregavam da distribuição.
As provas reunidas pela PF indicam que o esquema envolvia empresários, doleiros, advogados e até um gerente de instituição financeira. O volume de recursos movimentado pelos criminosos chega a R$ 10 milhões, levantando suspeitas também de lavagem de dinheiro.
A jovem que originou a investigação pretendia embarcar para a cidade de Horta, em Portugal, de onde a droga seguiria para outros países europeus. Após apreensão, a PF aprofundou a apuração com base em quebras de sigilo bancário e análise de dados coletados durante a primeira fase da operação, realizada em novembro de 2022.
Os investigados poderão responder por tráfico internacional de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação segue em andamento.
*Sob supervisão de Lucas Borges