Os policiais militares acusados de causar a morte da modelo Kathlen Romeu, em 8 de junho de 2021, irão a júri popular. Kathlen estava grávida quando foi atingida por um tiro de fuzil.
De acordo com a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, os documentos incluídos nos autos comprovam a materialidade do crime e o indício da autoria dos policiais militares Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano.
“A materialidade está comprovada pelo laudo de necropsia, bem como pelos esquemas de lesões. A autoria, igualmente, restou suficientemente indiciada nos autos, notadamente pela prova técnica produzida na investigação. Nesse sentido, embora a prova oral não tenha se mostrado apta a indicar que o disparo que atingiu a vítima partiu dos acusados, o laudo de reprodução simulada surge suficiente para indiciar a autoria, ao menos para os fins desta decisão.”
A data do julgamento ainda não foi definida e os réus aguardam o julgamento em liberdade.
Relembre o caso
No dia 8 de junho de 2021, a modelo e design de interiores Kathlen Romeu, de 24 anos, morreu após ser atingida por um tiro de fuzil no tórax, na comunidade do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio.
Ela estava grávida de 14 semanas e, no dia, tinha ido visitar a avó materna, que morava na comunidade.
Segundo a acusação do Ministério Público do Rio, os tiros teriam partido dos policiais militares Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, que passavam pela região.
Na época, os agentes alegaram que foram atacados a tiros por criminosos na localidade, dando início a um confronto.
Testemunhas ouvidas pela polícia negaram que tenha ocorrido um ataque criminoso naquele dia.