A Justiça de São Paulo definiu que o policial militar Vinicius de Lima Britto, que executou Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos, um jovem negro, em frente a um mercado na Zona Sul de São Paulo, em novembro de 2024, vai a júri popular. Ainda não há uma data definida para a realização do procedimento. O PM está preso preventivamente no Presídio Romão Gomes, na Zona Norte da capital.
Na ocasião, Gabriel entrou no mercado, pegou quatro pacotes de sabão e fugiu correndo. Ele, porém, escorregou, na fuga, em um pedaço de papelão e caiu no chão do estacionamento. O policial, que estava à paisana, percebeu a ação, sacou a arma e atirou várias vezes pelas costas do rapaz. Foram encontradas 11 perfurações pelo corpo dele.
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A única testemunha presencial do homicídio foi o caixa do mercado. Ele disse, em depoimento, que se sentiu pressionado por policiais a prestar um depoimento favorável ao réu. O homem relatou que, depois de testemunhar o crime, recebeu a visita de dois a três policiais à paisana, que mencionaram que ele e os demais PMs o teriam salvo.
Júri popular
O júri popular é previsto em casos de crimes dolosos contra a vida, ou seja, quando o indivíduo teve a intenção de matar a vítima. Ao final do julgamento, sete jurados, que são pessoas comuns e escolhidas por sorteio, decidem se o réu deve ser considerado culpado ou inocente do crime.