A Justiça de São Paulo negou o pedido de soltura do policial militar Vinicius de Lima Britto, de 24 anos, preso por matar, com 11 tiros nas costas, um jovem que havia roubado embalagens de sabão em um mercado na Zona Sul da cidade.
Na decisão, emitida nesta terça-feira (10), a juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro afirma que o réu se envolveu, no ultimo ano, em duas situações parecidas e que resultaram em morte.
Entre as semelhanças, está o disparo de uma grande quantidade de tiros nas vítimas. Por isso, a magistrada entendeu que Vinícius tem um “modus operandi violento e desequilibrado”.
Carreiro ainda indeferiu o pedido de colocar o caso em segredo de justiça. Ela ressalta que não há justificativa para não manter o processo acessível ao público.
PM foi preso em 5 de dezembro
Vinicius de Lima Britto foi preso, na última quinta-feira (5), pelo assassinato de Gabriel Renan da Silva Soares, de 26 anos. O jovem havia roubado embalagens de sabão de um mercado Oxxo, na Zona Sul de São Paulo, e foi morto pelo PM no estacionamento enquanto fugia.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Britto, que estava à paisana, dispara uma rajada de tiros contra o jovem, que já se encontrava caído no chão. O caso aconteceu no dia 3 de novembro.
Em depoimento na delegacia, o PM disse que Gabriel estava armado e com a mão no bolso do moletom, razão pela qual ele atirou. Vinicius alegou que agiu em legítima defesa.
Vinícius já havia matado dois homens em 2023
Um ano antes, em São Vicente, no litoral paulista, uma situação semelhante aconteceu. O PM estava de folga, com um grupo de amigos, quando foi abordado por dois homens em uma moto: Matheus Quintino e Davi Ferreira.
Os criminosos anunciaram o assalto para o grupo de amigos de Britto, que reagiu. O policial disparou 16 vezes contra a dupla. A perícia verificou que havia nove perfurações em um dos corpos. O caso ainda segue com a investigação em aberto.