O policial militar, Vinicius de Lima Britto, teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal da Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (5). Ele é acusado pelo assassinato de Gabriel Renan da Silva Soares, que levou 11 tiros nas costas em um estacionamento do mercado Oxxo, na Zona Sul de São Paulo. A situação aconteceu em 3 de novembro desse ano.
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Conforme a decisão da juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro, a prisão preventiva de Britto é justificada pelas circunstâncias do crime “em especial diante da quantidade de disparos efetuada em via pública”. Outro ponto considerado pela magistrada é que Britto atirou contra Gabriel fora do horário de serviço e utilizando uma arma de fogo da corporação.
Carreiro entendeu que a conduta do policial militar “excedeu em muito os limites de sua atividade, em flagrante deturpação da finalidade da Polícia Militar”.
Na decisão, Michelle Carreiro argumentou que devido à posição de poder e influência ocupada por Britto, ele poderia prejudicar a produção de provas e influenciar depoimentos que ainda serão colhidos.
Crime
Na noite de 3 de novembro deste ano, Gabriel, de 26 anos, foi ao mercado Oxxo, no bairro Jardim Prudência, na Zona Sul de São Paulo e teria furtado três caixas de sabão. Conforme imagens das câmeras de segurança, enquanto o jovem estava saindo do mercado, ele escorregou.
Vinícius Britto, que estava no caixa, viu a situação e, em seguida, sacou a arma e atirou vária vezes nas costas de Gabriel. O jovem morreu no estacionamento do mercado.
No depoimento na delegacia, o PM disse que Gabriel estava armado e com a mão no bolso do moletom, razão pela qual ele atirou. Vinicius alegou que agiu em legítima defesa. Contudo, não é o que as imagens mostram.