O desaparecimento de Lavínia Alionço Cardoso, de 16 anos, nessa semana, em Santa Catarina, fez com que as autoridades emitissem, pela primeira vez no Brasil, o Amber Alert. A ferramenta é um sistema de alertas urgentes ativados pelas polícias civis brasileiras em plataformas da Meta - Instagram, Facebook e WhatsApp - em casos de rapto ou sequestro de crianças.
Vindo dos Estados Unidos, o Amber Alert passou a ser adotado no Brasil a partir de 2023, quando os estados do Ceará, Minas Gerais e Distrito Federal aderiram ao programa. Nos EUA, o sistema funciona desde 1996 e foi criado após o desparecimento de Amber Hegerman, de 9 anos.
Apesar do nome ser também um acrônimo para “América’s Missing: Broadcast Emergency Alert”, o caso da menina foi o que motivou a criação do sistema de transmissão.
Quem foi Amber Hegerman?
Em 13 de janeiro de 1996, Amber Hegerman, de 9 anos, despareceu quando após sair com o irmão mais novo para andar de bicicleta em um estacionamento de um supermercado na cidade de Arlington, no estado do Texas, nos EUA. Conforme o depoimento de testemunhas, ela foi sequestrada por uma caminhonete preta.
Quatro dias depois, o corpo de Amber foi encontrado a menos de 8 quilômetros de onde ela foi raptada com várias lacerações pelo corpo e um corte no pescoço. Apesar de ter acontecido há 28 anos, o caso nunca foi resolvido e, até hoje, não sabe que foi o responsável pelo assassinato da menina.
A mãe de Amber, Donna Williams, após a morte da filha passou a fazer campanhas pedindo leis mais rígidas por contra sequestradores e abusadores sexuais. Dessa forma, com a repercussão do caso, moradores do Texas passaram a ligar para rádios propondo um sistema de transmissão para localizar as crianças desaparecidas.
A ideia foi aceita e por dois anos, as rádios americanas passaram a passar manualmente informações sobre o desaparecimento de crianças até a criação de um sistema de automático de notificação, que deu origem ao AMBER Alert.