O número de prisões realizadas pela Polícia Civil de São Paulo em operações contra a adulteração de bebidas subiu de 30 para 41 entre sexta-feira (3) até a noite de sábado (4). As detenções ocorreram na capital paulista e em cidades da Região Metropolitana e interior, como Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí.
A ação visa combater a venda de bebidas com substâncias nocivas, como o
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Mais de 7 mil garrafas apreendidas
O volume de apreensões aumentou drasticamente. Somente desde segunda-feira (29), mais de 7 mil garrafas foram recolhidas para averiguação. Este número se soma às 50 mil garrafas apreendidas ao longo de 2025 em todo o estado. Do total de 41 prisões efetuadas neste ano, 19 delas aconteceram na última semana, intensificando a resposta policial.
A Polícia Civil mantém unidades especializadas mobilizadas, investigando a possibilidade de que a contaminação por metanol tenha ocorrido no momento da limpeza dos vasilhames.
Fechamento de estabelecimentos e fiscalização em festas
Em resposta à crise sanitária, o governador Tarcísio de Freitas determinou o cancelamento da inscrição estadual de estabelecimentos que comprovem ter vendido bebidas adulteradas, medida que equivale ao seu fechamento definitivo.
Até o momento, 11 estabelecimentos permanecem interditados cautelarmente em São Paulo para a coleta de amostras e verificação de suspeitas de metanol pela Polícia Científica. Interdições também podem ocorrer por problemas sanitários gerais, como falta de higiene e armazenamento inadequado.
Em uma ação preventiva, uma força-tarefa de fiscalização esteve em uma tradicional festa universitária em Araraquara na noite de sábado (4). As Vigilâncias Sanitárias e a Polícia Civil inspecionaram 1.400 garrafas de destilados no estoque do evento. Após conferir notas fiscais, lacres e rótulos, as autoridades não identificaram indícios de falsificação ou adulteração, garantindo a segurança dos participantes.