Mais um caso de ataque de piranhas foi registrado na Represa do Broa, em Itirapina, no interior de São Paulo, sendo o sétimo em15 dias. O caso aconteceu nesse sábado (8), e desta vez, a vítima foi um turista que veio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele sofreu ferimentos no dedo mindinho do pé esquerdo.
O acesso de banhistas no local está proibido desde 27 de janeiro, após o fim de semana em que os primeiros ataques aconteceram. A Prefeitura publicou um decreto com a proibição. A vítima mais recente foi o gesseiro Izaías dos Santos, que diz ter “ouvido rumores” sobre as piranhas.
“Só que sou de Campo Grande, sempre tomei banho onde tem piranhas e nunca aconteceu ataque. Achei meio duvidoso, aí vim e constatei. Senti uma beliscada no dedo. Saí e vi que tinha arrancado um pedaço. Aí sabia que era piranha”, disse ele ao g1.
Depois de ter sido atacado, mostrou preocupação com os mais novos. “Eu falei para o pessoal: ‘pegaram meu dedo aqui’. A gente avisa porque é perigoso. Adulto ainda vai, mas crianças... É bom evitar.”
Izaías não foi o único a descumprir o decreto. Outras pessoas frequentaram a Represa do Broa durante o dia.
Ataques em Janeiro
A Prefeitura Municipal de Itirapina emitiu um comunicado após cinco adultos e uma criança ficarem feridos no ataque de piranhas que aconteceu no mesmo local, porém, no final de semana do dia 26 e 27 de janeiro. De acordo com o órgão, duas vítimas precisaram ser socorridas pela Defesa Civil e encaminhadas para um hospital mais próximo do local.
Conforme o órgão, os envolvidos eram turistas, e apenas um caso foi considerado grave, com uma pessoa mordida no pé. A Represa do Broa é uma das atrações turísticas da região, com grande fluxo de visitantes durante o verão.
Ataque semelhantes já aconteceram
Apesar de ataques semelhantes já terem sido relatados em outras cidades da região, como Pereira Barreto e Santa Cruz da Conceição, os registros desse tipo na represa do Broa são recentes. As piranhas atacam principalmente nas áreas com aguapés (espécie de planta aquática) às margens da represa, locais onde se reproduzem. Durante a piracema, os machos tornam-se mais agressivos ao defenderem seus ninhos contra ameaças. Esse comportamento pode ocasionar incidentes com banhistas.
“Nosso objetivo é garantir que todos possam desfrutar da natureza com segurança”, disse em nota.
Medidas impostas pela prefeitura
Segundo a prefeitura, por ser um problema inédito no município, foram chamados especialistas e órgãos ambientais para a solicitação de orientações, como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a gestão da Área de Proteção Ambiental (APA) Cuesta Corumbataí, o Comitê de Bacias Hidrográficas, a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).