Uma operação com o objetivo de erradicar o octocoral bioinvasor, Chromonephthea braziliensis, chamado de “coral invasor”, foi iniciada na Baía de Todos-os-Santos (BTS), Bahia. A iniciativa, liderada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), busca conter a expansão da espécie exótica, que representa uma ameaça aos corais nativos do litoral brasileiro.
A ação, com previsão para ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2025 na Ilha de Itaparica (BA), envolve pesquisadores de diversas universidades como da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), , Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Centro Universitário Senai/Cimatec e Pró-Mar.
Em dezembro de 2024, pesquisadores iniciaram experimentos para definir os métodos mais eficazes de controle da espécie invasora. Visitas de monitoramento foram agendadas para os dias 08, 15, 22 e 29 de janeiro, e 04 de fevereiro. Elas avaliarão os resultados preliminares, permitindo ajustes nas estratégias para mitigar os danos causados por esse bioinvasor.
Propagação e riscos
De acordo com estudos, a chegada desse coral à BTS ocorreu através de incrustação em plataformas de petróleo no litoral do Rio de Janeiro. A espécie, originária do Indo-Pacífico, possui alta taxa de crescimento populacional e causa impacto negativo sobre os corais nativos.
A proliferação do “coral invasor” coloca em risco a dos recifes e os recursos pesqueiros. A Sema foi alertada sobre a presença da espécie por meio de uma nota técnica de pesquisadores.
A ação possui autorização ambiental do , da Sema e do Inema. A área afetada compreende recifes de corais, considerados Áreas de Preservação Permanente (APP), localizados na Área de Preservação Ambiental (APA) Baía de Todos-os-Santos (BTS).
A Baía de Todos-os-Santos, a maior do Brasil, tem grande importância ambiental e econômica. Seus recifes protegem a costa, regulam o clima e abrigam uma rica diversidade biológica, além de atrair turistas. A preservação desse ecossistema é considerada fundamental para a sustentabilidade da região.