Ouvindo...

Edson Davi: caso de menino desaparecido na Barra da Tijuca completa quase um ano sem respostas

O menino, que tinha 6 anos na época, foi visto pela última vez no dia 4 de janeiro de 2024 na praia da Barra da Tijuca (RJ)

O paradeiro do pequeno Edson Davi, agora com 7 anos, permanece um mistério quase um ano após seu desaparecimento, no dia 4 de janeiro deste ano, na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Durante as férias escolares, o garoto acompanhava um dia de trabalho do pai, que é dono de uma barraca na praia. Ele desapareceu durante a tarde, e até hoje não se sabe o que realmente aconteceu.

A principal hipótese defendida pela polícia é que ele teria se afogado no mar, que estava agitado no dia. No entanto, seu corpo nunca foi encontrado. A família, por sua vez, descarta essa versão e acredita que Davi esteja vivo.

Em entrevista ao Domingo Espetacular nesse domingo (29), Marize Araújo, mãe de Davi, desabafou sobre a angústia que vive desde o desaparecimento do filho:

“Um ano de dor, um ano de vazio sem saber o que aconteceu com meu filho. Quem pegou meu filho? Pra quê? Se ele está vivo, onde ele está? Como ele está? Se ele está morto, cadê os restos mortais do meu filho? Quem são os responsáveis?”

Marize também afirmou que não conseguiu retornar à praia, pois o local se tornou um gatilho emocional. “Eu fico vendo meu filho correndo para o lado onde ele foi atraído, pro ponto cego. Aí fico simulando toda hora na minha cabeça alguém chamando ele, ele indo correndo para esse lugar e não voltando mais”, contou.

Os equipamentos de segurança instalados próximos à barraca, que poderiam ajudar nas investigações do caso, estavam em manutenção no dia do desaparecimento, deixando lacunas nos registros dos últimos momentos em que Davi foi visto.

A família reafirma não acreditar na possibilidade de afogamento. “Esse vídeo (do menino perto do mar) foi feito no único momento em que o Davi se aproximou da beira da água. Depois disso, meu funcionário chamou ele para a barraca. Davi veio e não voltou mais para a beira da praia”, relata a mãe.

Leia também

Segundo ela, o garoto tinha medo do mar e nunca entrava na água: “Eu sempre acreditei que meu filho foi raptado. Não teve investigação. O que teve foi uma busca incansável no mar. Essa busca foi intensa, mas nunca encontraram nada: nem uma peça de roupa, nada.”

Desesperados por respostas, os familiares economizaram para contratar um investigador particular, desembolsando cerca de R$ 50 mil. Eles acreditam que o menino foi vítima de rapto e possivelmente envolvido em uma rede de tráfico humano.

Sem conclusões definitivas, eles convivem com a dor e a culpa: “Eu me sinto culpado pelo que aconteceu com ele. Eu tenho um pouco de culpa. Ele era uma criança esperta, brincava com todo mundo, brincalhão”, desabafou o pai, Edson Almeida.


Participe dos canais da Itatiaia:

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.