Nos últimos dias um vídeo de uma confusão em um voo, que saía do Rio de Janeiro, rumo a Belo Horizonte, tomou conta das redes sociais. Jeniffer Castro, de 29 anos, é a passageira que aparece no vídeo gravado por uma mulher que até então ninguém sabia quem era.
No momento, Jeniffer se recusa a ceder o lugar na janela para uma criança sendo filmada por Eluciana Iris Almeida, que acompanhou a situação no voo e disse que perdeu “totalmente o controle” e que está arrependida de ter feito o vídeo.
Após a repercussão, Jeniffer, então uma pessoa anônima, passou a ter mais de 2 milhões de seguidores no Instagram. Já a mãe da criança, Aline Rizzo, foi duramente criticada nas redes sociais por pessoas que acreditavam que era dela a autoria do vídeo. Segundo Aline, sua família foi a primeira a entrar no avião, devido o filho mais velho com necessidades especiais.
“Depois que a gente entrou e quando ela chegou e ele estava no lugar dela, eu falei com ela: olha, desculpas. Ai eu vou retirar ele. Eu retiro, e ele até sai de boa. Ele foi sentar comigo, sem chorar ainda”, começou explicando a mãe do menino.
“Parecia que eu estava saindo do meu corpo. Fiquei com o meu coração com taquicardia”, afirma ela.”Eu tirei o telefone e comecei a filmar. Naquele momento perdi totalmente meu controle. Parecia que eu estava saindo do meu corpo. Foi pela indiferença que senti.” acrescentou ela em entrevista ao Fantástico nesse domingo (8).
Durante a ação, ela contou também, que o passageiro que estava na mesma fileira foi o primeiro a se manifestar. “Ele virou e falou assim, você trocaria comigo? Você sentaria no meu lugar? Para que avó e neto viajem juntos? E ela fala, não, esse é o meu lugar”.
Aline conta que o filho queria ficar com a avó, mas foi levado para sentar com ela, sentando na janela do lado aposto, mas dizendo que queria voltar.
“Quando a aeromoça começa a falar pra apertar o cinto, foi que ele começou dizendo que a moça pegou o lugar dele. Nesse momento, nem eu e muito menos minha sogra pensamos em mudar ela de lugar e deixar ela sentar do lado do meu filho. Foi muita confusão e nisso ele começou a se debater”, continuou explicando a mãe do menino.
“Eu não agredi, não xinguei, não filmei. Foi outra passageira. E eu estou sendo odiada, atacada, ameaçada, xingada, ofendida. Minha família, meus filhos. Eu entrei na fila do banheiro esses dias e eu escutei as pessoas falando sobre a história, que mãe ridícula, isso são crianças sem limites. E por aí vai”, finalizou ela.
Depoimento da madrinha da criança que também estava no voo
Quem também estava no voo, era Poliane Araujo, madrinha do menino e que estava duas fileiras atrás. Ela viu como tudo começou.
“Ela queria ir no lugar dela e isso é um direito dela. E aí as pessoas começaram o burburinho. As pessoas que estavam dentro do avião e próximo delas”, começou falando.
Poliane contou que a mulher quem gravou o vídeo cutucou ela, perguntando o que estava acontecendo. “Ela começou perguntando o porquê a criança estava chorando muito e ainda disse: vai lá, pede pra trocar. E eu disse pra ela que eu não ia. E foi nesse momento que ela disse: então eu vou”, explicou.
“Eu levantei e fui lá, abordei a Jennifer com toda educação, não fui grossa com ela na abordagem, que não está gravada e perguntei: tem pessoas oferecendo pra trocar, você poderia trocar com elas? Ai novamente e perguntei, você não tem compaixão com a situação que você está vendo?”, disse Eluciana, a mulher quem gravou Jennifer.
Conforme a madrinha do menino, após ela levantar e ir té Jennifer ela tirou o telefone do bolso e disse: “aí cara, eu não aguento, agora eu vou deixar ela famosinha. Pegou o celular e começou a filmar”, finaliza a madrinha do menino.
O vídeo foi postado pela filha de Eluciana nas redes sociais. Mariana disse que antes de publicar teria colocado figuras tampando o rosto de Jennifer, porém elas não apareceram e ela só percebeu o erro, 8 horas depois. “Eu cometi um erro. Fui perceber isso só oito horas depois. Eu sei”, disse ela.
Agora, a briga continua na Justiça. Segundo a advogada de Jeniffer, ela pretende processar as pessoas por trás do vídeo pelos crimes de difamação e injúria.