Os donos de um mercado que não teve a identidade divulgada estão sendo investigados por lavagem de dinheiro no Distrito Federal. As dívidas da empresa chegam a R$ 69,7 milhões, segundo a Polícia Civil do DF.
Nesta quinta-feira (5), foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ceilândia, Vicente Pires e Taguatinga, no DF, e também em Porto Seguro, na Bahia.
Todos os membros da família, que era proprietária de um supermercado, integravam o esquema criminoso de sonegação fiscal. Embora eles fossem os verdadeiros donos do estabelecimento, colocavam sócios como ‘laranjas’ e até mesmo falsas identidades, para não terem que pagar os impostos.
Empresários da mineração são presos em BH suspeitos de sonegar R$ 35 milhões em impostos Operação da Receita Federal apreende quase R$ 1 milhão de mercadorias irregulares, em SP ‘Meta ousada’, diz relator sobre prazo para votar a regulamentação da Reforma Tributária
O supermercado tinha um determinado CNPJ, controlado por uma certa pessoa, que não pagava os impostos devidos. Quando a dívida somava milhões de reais, eles trocavam o CNPJ e a pessoa que o controlava, e faziam a mesma coisa. O esquema era realizado desde 2014, e já foram acumulados mais de R$ 69,7 milhões em dívidas tributárias.
Por isso, a Justiça determinou que fossem bloqueados R$ 68 milhões em bens. No total, foram 52 veículos, três embarcações e 48 imóveis, incluindo um complexo hoteleiro em Porto Seguro, bloqueados. O supermercado também foi interditado.
A PC investiga os crimes de sonegação fiscal, uso de documento falso, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Os investigados podem ser penalizados em até 29 anos de prisão.