Após o CEO Global da rede de supermercados Carrefour, Alexandre Bompard, afirmar que não irá mais comprar carnes de produtores do Mercosul, alguns dos maiores frigoríferos brasileiros suspenderam a venda para as unidades brasileiras da rede. Em nota, a empresa lamentou a situação e afirmou que tem confiança e estima pelo setor agropecuário brasileiro.
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Até o momento, foi confirmado pela Itatiaia que a Masterboi aderiu ao boicote. Além disso, segundo o portal G1, outras empresas como JBS, Mafrig e Minerva Foods também suspenderam o fornecimento de carne para os supermercados Carrefour e para os outros nomes da rede, como Atacadão e Sam’s Club.
Em nota, o grupo afirmou que a decisão dos frigoríficos impacta os clientes, mas que até o momento não há falta de carne nas lojas. Outro ponto importante esclarecido pelo Carrefour é que a medida anunciada por Bompard não é válida para as lojas da marca no Brasil.
“Estamos em diálogo constante na busca de soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”, pontou o Carrefour.
Por que supermercados da França não querem mais comprar a carne do Brasil?
O Mercosul e a União Europeia estão desde 2019 ajustando o termo de acordo comercial assinado entre os dois blocos. Com isso, alguns produtos produzidos pelo Mercosul terão tarifas de importação para União Europeia reduzidas e, no caso das carnes brasileiras, os produtores do Brasil terão preferência para venda.
Devido às vantagens econômicas que serão dadas aos produtores brasileiros, os agricultores e pecuaristas da Europa, principalmente da França, estão protestando contra o acordo. Isso porque eles acreditam que os produtos sul-americanos vão ficar mais baratos que os itens europeus. Dessa forma, alguns supermercados franceses, como Carrefour e Intermarché afirmaram que não irão mais comprar carne de produtores do Mercusul.
A Itatiaia entrou em contato com o Ministério da Agricultura e da Pecuária sobre o assunto e aguarda retorno.
