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Delator do PCC teria citado policial civil que já fez segurança de Gusttavo Lima em denúncia

Rogerio de Almeida Felicio, conhecido como “Rogerinho”, seria um dos agentes denunciados por ligações com o PCC e extorsão; equipe do cantor confirmou serviços de segurança

Assessoria do sertanejo confirmou que Rogerinho já fez a segurança de shows de Gusttavo Lima

Um dos policiais civis mencionados na delação do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach - executado na sexta-feira (8), no aeroporto de Guarulhos (SP) - seria Rogerio de Almeida Felicio, conhecido como “Rogerinho”.

O agente se apresenta como influenciador nas redes sociais e já integrou a equipe de segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima. A informação foi divulgada inicialmente pelo Metrópoles e confirmada pela Itatiaia.

Em nota, a assessoria de imprensa do cantor confirmou que Rogerinho já prestou serviços ao artista: “A Balada Eventos, escritório que administra a carreira do cantor Gusttavo Lima, esclarece que Rogerio de Almeida Felício já prestou serviços de segurança privada em shows artísticos”.

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Vale lembrar que não é permitido que agentes da segurança pública façam serviços de segurança ou escolta privada. A prática é considerada transgressão disciplinar, segundo Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo.

Ainda de acordo com Derrite, antes de morrer, Gritzbach havia denunciado alguns agentes para a Corregedoria da Polícia Civil pela prática de extorsão. Nesta quarta-feira (13), os policiais citados na delação foram afastados das atividades operacionais. Eles foram remanejados para funções administrativas até o fim das investigações.

Antônio Vinícius Gritzbach, investigado pelo envolvimento com o PCC, foi acusado de lavagem de dinheiro do bando e por mandar matar dois criminosos da facção. Na colaboração para atenuar a pena, ele citou os agentes públicos, segundo o Ministério Público de São Paulo.

Na terça-feira (12), a força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública também determinou o afastamento de oito policiais militares que são investigados pela corregedoria da PM por meio de um inquérito policial militar instaurado há mais de um mês. Eles atuavam na escolta de Gritzbach, atividade que fere o regulamento disciplinar da instituição.

Entenda o caso

O empresário Antônio Vinicius Gritzbach foi assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um dos maiores do país. Criminosos encapuzados saíram de um carro preto e executaram o empresário usando fuzis. Segundo o órgão, outras testemunhas estão sendo ouvidas pela Polícia Civil. Um carro, supostamente usado pelos atiradores, foi apreendido pela Polícia Militar.

A investigação também descobriu que quatro policiais militares faziam a escolta da vítima no momento do ataque. Eles tinham sido contratados para cuidar da segurança pessoal Gritzbach, que vinha sendo ameaçado pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Apesar de terem sido contratados para fazer a escolta de Gritzbach, os agentes não conseguiram evitar a morte do corretor de imóveis. Os quatro foram afastados da corporação e são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.