O Conselho de Segurança da ONU da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu, nesta quarta-feira (2), para tentar frear a escalada do conflito no Oriente Médio. Durante o encontro,
“Será uma resposta precisa e dolorosa. Vamos nos defender com força e justiça de acordo com leis internacionais”, disse Danny Danon, embaixador de Israel na ONU. Em seu discurso, ele reafirmou que o país prepara um contra-ataque. “As consequências que o Irã enfrentará serão maior que qualquer uma já imaginada. O momento de empatia passou”, afirmou.
O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, também participou como convidado do conselho. Em seu discurso, Iravani disse que o
Secretário-Geral da ONU participa de reunião após ser declarado ‘persona non grata’ por Israel
O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, abriu uma exceção e participou da reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta, o que não é algo comum. Guterres tenta reverter a posição de Israel contra ele, já que
Guterres abriu a sessão e, durante o encontro, disse condenar “fortemente” o ataque do Irã contra Israel. O secretário-geral da ONU também pediu que a “soberania do Líbano seja respeitada”, sem citar Israel.
O Líbano também foi convidado para a reunião. Em seu discurso, o embaixador libanês da ONU acusou Israel de mentir sobre as características da invasão ao Líbano e a chamou de “agressão bárbara”. “Eles dizem que o objetivo são alvos do Hezbollah. Mas há muitos civis mortos. Crianças no sul de Beirute estão dormindo nas ruas. Isso não pode mais ser tolerado”, disse.
Como conflito surgiu?
Israel e o Hezbollah, grupo terrorista que atua no Líbano, trocam disparos há meses. No entanto, o confronto se intensificou depois de
O Hezbollah, aliado do Hamas e do Irã, promete continuar combatendo Israel “até o fim da agressão em Gaza”. O Irã garantiu que apoiaria o Líbano “por todos os meios” no caso de uma escalada.
Este conflito eclodiu com o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.205 mortos em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses que inclui reféns que morreram no cativeiro em Gaza. Das 251 pessoas raptadas, 97 permanecem em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo Exército.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou 41.495 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.