O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky anunciou, nesta quinta-feira (25), que discutiu “detalhes importantes” sobre o plano de cessar-fogo com a Rússia, em conversa com representantes dos Estados Unidos.
Em publicação nas redes sociais, o chefe de Estado ucraniano escreveu que, após o encontro, surgiram “boas ideias que podem contribuir para um resultado comum e para uma paz duradoura.” Ele ainda agradeceu aos enviados dos EUA por “sua posição construtiva, trabalho intenso e palavras amáveis”.
Zelensky revelou, na última quarta-feira (24), a nova versão do plano americano para encerrar a guerra, que está sendo negociado há várias semanas entre os Estados Unidos e a Ucrânia.
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O texto prevê o congelamento da frente de batalhas nas linhas atuais, mas não apresenta nenhuma solução imediata para a questão dos territórios ocupados pela Rússia, que representam mais de 19% da Ucrânia.
A nova versão deixa de lado duas exigências de Moscou: a retirada das forças ucranianas dos territórios do Donbass ainda sob seu controle e um compromisso jurídico que impede a Ucrânia de entrar para a Otan - motivo que pode dificultar que a Rússia aceite o acordo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, informou que a Rússia ainda trabalha na resposta e se recusou a comentar os detalhes.
Putin diz que fim da guerra depende da Ucrânia e países ocidentais
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, na última sexta-feira (19), que
“A bola está totalmente no campo do chefe do regime de Kiev e de seus apoiadores europeus”, declarou o chefe de Estado. “Não nos consideramos responsáveis pelas mortes, porque não fomos nós que começamos esta guerra”, acrescentou o líder russo na coletiva de imprensa de fim de ano.
EUA é intermediador na tentativa de cessar-fogo
Tanto representantes ucranianos quanto russos
As reuniões aconteceram na sexta (19) e sábado (20). Funcionários do governo norte-americano se reuniram com russos em Miami, segundo informações divulgadas pela AFP.
Nas datas, Steve Witkoff, enviado especial dos EUA, e Jared Kushner, genro de Trump, participaram da conversa. Já do lado russo, o enviado econômico de Putin, Kiril Dmitriev estava presente.
A ofensiva diplomática teve início depois que Washington apresentou, em novembro, um plano de 28 pontos interpretado como um espelho das exigências do Kremlin. Ele foi reformulado após a participação da Ucrânia e de outros países europeus.
* Com AFP