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Tallis Gomes, CEO do G4 Educação, é criticado por Luiza Trajano após afirmar: ‘Deus me livre de mulher CEO’

Empresário gerou polêmica no mundo corporativo após afirmar que não gostaria que a noiva dele ocupasse locais de destaque porque ela passaria por um “processo de masculinização”

Tallis Gomes, presidente da G4 Educação, repercutiu nas redes sociais e recebeu críticas de mulheres em posição de destaque, como Luiza Trajano, da Magalu, após afirmar que a posição de CEO não é uma função feminina. Ao ser perguntado por um seguidor se ele gostaria que a noiva dele fosse ocupasse o cargo máximo dentro de alguma empresa, ele respondeu: “Deus me livre de mulher CEO”.

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“Salvo raras exceções (eu, particularmente, só conheço 2); essa mulher vai passar por um processo de masculinização que invariavelmente vai colocar meu lar em quarto plano, eu terceiro plano e os meus filhos em segundo plano”, continuou.

Na publicação, ele afirmou que a posição de liderança em empresas desgasta muito as pessoas e, por isso, “não é o melhor uso da energia feminina” e que a essa “energia” deveria ser direcionada “aos lugares certos, lar e família”. Além disso, ele afirmou que mulheres não seriam ‘cascudas’ o suficiente para assumir o cargo de CEO.

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Em respostas as declarações feitas Gomes, Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de Administração do Magazine Luiza, afirmou que discorda do presidente da G4 Educação. “Não concordo em nada com o posicionamento de um dos sócios da empresa [G4 Educação] a respeito das mulheres. [...] De uma coisa tenho certeza: nós, mulheres, podemos ser aquilo que queremos e optamos ser. Às mulheres, peço que não deixem que posicionamentos como esse abalem seus desejos e opções”, escreveu em uma publicação no LinkedIn.

Além de Trajano, outras mulheres que ocupam cargos de destaque em grandes empresas rebateram a publicação de Gomes. Renata Vieira, diretora comercial da Reckitt, empresa responsável por grandes marcas, como os produtos de limpeza Veja e Vanish, afirmou: “A independência da mulher causa dor né? A perda do controle, então, nem se fala. Essa declaração clama por urgência”.

Nas publicações da empresa, internautas ironizaram a fala de Tallis Gomes. “Esse conteúdo não serve para mim, sou mulher. Beijos G4, te amava”, escreveu uma. “Não consegui compreender, só sei sobre receita de bolo”, escreveu outra.

Posicionamento do G4 Educação

Nas redes sociais, o G4 Educação afirmou que a empresa não está de acordo com as palavras de Tallis Gomes. “Essas palavras não representam o pensamento do G4 e muito menos a história da nossa empresa. O próprio Tallis entendeu o seu erro e pediu desculpas públicas”, afirmou em nota.


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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento