A cidade de São Paulo foi considerada a metrópole com a pior qualidade do ar no mundo, segundo dados do IQAir. Por causa disso, os habitantes da cidade podem ter algo chamado ‘pulmão tatuado’, segundo o médico patologista Paulo Saldiva.
Em entrevista à CNN Brasil, o médico explicou que o efeito ocorre quando partículas de fuligem se acumulam nos pulmões, deixando marcas semelhantes a tatuagens.
Para comprovar o fenômeno, o médico mostrou imagens de pulmões afetados pela poluição e pelo tabagismo. O pulmão de uma pessoa fumante exibe manchas pretas espalhadas, já o de um não-fumante exposto à poluição também tem essas marcas escuras.
- Rio Pinheiros, que corta a cidade de São Paulo, amanhece verde nesta segunda-feira (9)
- Tempo seco e poluído: saiba como proteger crianças e bebês e evitar doenças respiratórias
Atualmente, segundo o médico, todos os paulistanos carregam essa ‘tatuagem’ nos pulmões. “Isso é uma tatuagem de poluição que nos acompanha e uma parte disso vai para fora, para outras partes do corpo”, explicou.
Cortadores de cana, na época em que se queimava a cana antes da colheita, eram as pessoas que mais apresentavam casos graves de ‘pulmão tatuado’. A condição era vista apenas em mineradores de carvão.
Com o acúmulo da fuligem, o pulmão envelhece mais depressa, o que pode causar graves problemas respiratórios ao longo dos anos. Assista à entrevista na íntegra:
