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Pitbulls escapam de casa e atacam três pessoas na rua em São Paulo

Segundo a prefeitura, os tutores disseram que saíram para trabalhar e não perceberam que os animais haviam escapado. Uma das mulheres levou 10 pontos no braço

Segundo veterinária, a agressividade deles está muito mais relacionada à forma como são criados do que a um componente genético

Dois pitbulls atacaram na sexta-feira (2) mãe, filha e um vizinho que tentou ajudá-las. O incidente aconteceu na Rua Mariana Salgado, em Sumaré (SP) por voltas das 10 horas. O ataque foi registrado por câmeras de segurança pública. Uma das vítimas levou dez pontos no braço.

No vídeo, é possível ver que os cães derrubaram e morderam uma das vítimas, avançando sobre outros dois moradores que estavam na rua tentando separá-los. Um homem tentou usar um balde de metal para assustar os animais, e teve ferimentos no pescoço e na perna.

Uma das mulheres atacadas relatou que estava com a mãe na calçada de casa, quando foram surpreendidas pelos cachorros. Uma das vítimas tentou se defender com um rodo de limpeza.

Procurados pela prefeitura, os tutores foram notificados e disseram que saíram para trabalhar pela manhã e não perceberam que animais haviam escapado. Eles foram orientados sobre os cuidados e prometeram reforçar a segurança da residência.

A ocorrência foi atendida pelas equipes da Zoonoses, da Vigilância Epidemiológica e do Corpo de Bombeiros. Além disso, as vítimas registraram um boletim de ocorrência on-line.

Por mais dez dias, a Zoonoses fará um acompanhamento dos cães, e a Vigilância Epidemiológica monitorará os moradores atacados, informou a administração municipal.

Veterinária alerta que não se pode crucificar o animal; responsabilidade é dos donos

A médica veterinária Ana Luiza Azevedo Miranda disse que, em situações como essa, não se pode “crucificar” o animal. Segundo ela, Pitt Bulls e outras raças como os Rottweilers ou American Staffordshires são, constantemente, vítimas de preconceito e desinformação. “Ao contrário do que muita gente acredita, a agressividade deles está muito mais relacionada à forma como são criados, traumas na “infância” ou a problemas relacionados à sua gestação do que algo intrínseco a seu DNA. Se forem treinados para atacar, vão atacar. Se forem tratados com doçura, serão dóceis”, explica,

Ana Luíza que trabalha num Pronto-Socorro veterinário na Zona Sul de Belo Horizonte, disse ainda que no dia a dia dos atendimentos, tem muito mais dificuldade em controlar outras raças como, por exemplo, os Pinschers do que os Pitt Bulls. “O problema é que eles são grandes e quando atacam é muito mais difícil controlá-los. Aí vira notícia. Qualquer cachorro pode se enfezar e ficar agressivo, como os Shih Tzus, por exemplo, a diferença é que conseguimos dominá-los, por serem pequenos”.

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.