A Estação Antártica Comandante Ferraz completou 40 anos de atividades na última terça-feira (6). Ela é a base de pesquisa brasileira localizada na Antártica. Inaugurada em 6 de fevereiro de 1984, foi operada continuamente até 2012, quando um incêndio destruiu grande parte da estação.
Após o acidente, o Brasil iniciou um projeto de reconstrução da estação, que foi concluído em 2020. A nova EACF é mais moderna e sustentável, projetada para suportar as duras condições do ambiente antártico e fornecer instalações adequadas para pesquisadores brasileiros realizarem estudos em diversas áreas, como glaciologia, meteorologia, biologia marinha, entre outras.
A base é estratégica para o Brasil não apenas para fins científicos, mas também para reforçar a presença do país no continente antártico, contribuindo para a cooperação internacional em pesquisas e para a defesa dos interesses brasileiros na região.
De acordo com a Marinha do Brasil, atualmente, a Estação dá suporte a 15 dos 24 projetos de pesquisa da 42ª Operação Antártica (OPERANTAR XLII), organizada pelo Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
“Ao longo dos últimos 40 anos, os trabalhos realizados na Estação Antártica Comandante Ferraz se consolidaram em pesquisas transdisciplinares e interinstitucionais, permitindo a realização de ciência de forma colaborativa e participativa, em cooperação nacional e internacional”, diz o Chefe do Grupo-Base da EACF, Capitão de Fragata Wagner Oliveira Machado.
Entre estudiosos que atuam na estação, estão profissionais de Biologia, Oceanografia, Medicina, entre outros. Até o fim da edição atual de operações, a estação brasileira deve receber 63 pesquisadores até o fim desta edição da operação. Cinco desses cientistas são estrangeiros, sendo três mulheres do Chile, Equador e Irã, respectivamente.
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