A cidade do Rio de Janeiro já vive uma epidemia de dengue, segundo o prefeito Eduardo Paes, com base em dados da Secretaria Municipal de Saúde. O anúncio foi feito nessa sexta-feira (2). De acordo com o prefeito, só no mês de janeiro deste ano a capital bateu recorde de internação de dengue na história do município. Foram mais de 10 mil casos e mais de 360 internações.
Durante todo o ano de 2023, foram quase 23 mil casos. Por conta disso, a prefeitura apresentou um plano de contingência para o enfrentamento da epidemia da dengue a partir desta segunda-feira (5).
O plano prevê as seguintes medidas:
- Criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue).
- Abertura de dez polos de atendimento para a doença distribuídos por toda o município.
- Dedicação de leitos para pacientes com dengue nos hospitais da rede municipal.
- Uso de carros fumacê nas regiões com maiores incidências de caso e a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados.
O prefeito Eduardo Paes aproveitou para lembrar que, diferentemente da pandemia da covid, quando a vacina era necessária para seu combate, a dengue depende muito da ação da população.
“Ao contrário da pandemia de covid em que o cidadão individualmente não podia fazer muita coisa a não ser cobrar dos governantes que conseguissem a vacina, que a ciência criasse a vacina, no caso da dengue depende muito da ação individual de cada cidadão. Na absoluta maioria dos casos de dengue as pessoas pegam em casa ou perto do local onde eras moram por absoluto descuido com essa história de água parada. Eu faço aqui esse apelo enfático a população.”
A maior incidência de casos está na população adulta, em especial nas faixas etárias de 30 a 39 anos e de 40 a 49.
Segundo a secretaria municipal de saúde, a curva de casos deve seguir um caminho de crescimento até o mês de maio e o diagnóstico precoce ajuda a evitar internações e óbito. As regiões de Campo Grande e Guaratiba, na Zona Oeste, são as mais atingidas.
Duas mortes em todo o estado
O estado do Rio de Janeiro aparece na sétima posição, com 17.437 mil casos da doença. O número é 12 vezes maior que o registrado em janeiro do ano passado. Segundo o governo do estado foram confirmadas duas mortes este ano: uma mulher de 98 anos, em Itatiaia, no Sul Fluminense, e um homem de 33 anos, em Mangaratiba, na Região da Costa Verde.
Os dados fazem parte do boletim Panorama da Dengue, divulgado na quarta-feira (31), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).
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