A empresa SouthRock Capital, responsável por operar marcas como Starbucks, Subway e outras 19 marcas de fast-food no Brasil,
O pedido de recuperação judicial da SouthRock Capital é assinado pelo escritório TWK Advogados, o mesmo responsável pela RJ da 123milhas e das empresas do grupo. No documento, os advogados afirmam que, no 13 de outubro, a Starbucks encaminhou uma “notificação de rescisão” declarando a licença de uso da marca da cafeteria no Brasil rescindida imediatamente.
Para continuar com suas 187 lojas abertas, a SouthRock teria que mudar de marca e operação, ou fechar todas as unidades. Para tentar evitar o cenário negativo e continuar usando a marca “essencial” para a empresa, segundo a própria SouthRock, o pedido de recuperação judicial inclui, também, um pedido de liminar de urgência para que a recisão seja suspensa até o fim do processo de mediação entre as duas partes.
A SouthRock alegou ter um passivo superior a R$ 1,8 bilhão. Segundo os advogados, o “baixo grau de confiança e alta instabilidade” da economia brasileira, além do cenário de insegurança pós-pandemia de covid-19 têm afetado os números da empresa, que teve queda de 70% nas vendas em 2021 e 30% em 2022.
“A bem da verdade, embora venham tentando se reerguer diariamente e despendam todos os esforços para a manutenção de suas atividades, nos últimos anos os resultados financeiros das Requerentes apresentaram elevados prejuízos – o que pode ser evidenciado através da breve análise da documentação contábil acostada ao presente pedido, tendo tal contexto inviabilizado, ainda, a obtenção de crédito pelas Requerentes”, cita os advogados no pedido.
O pedido de recuperação judicial traz ainda uma lista de empresas com as quais a SouthRock tem sociedade, incluindo um restaurante no Aeroporto de Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
A Itatiaia entrou em contato com a SouthRock Capital para pedir esclarecimentos e aguarda retorno. O espaço segue aberto.