Os réus Guilherme Longo e Natália Pontes foram interrogados, nesta sexta-feira (20), quinto dia de júri popular do caso, no 1º Fórum De Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Eles são acusados por homicídio triplamente qualificado na morte do menino Joaquim, que foi encontrado morto em novembro de 2013.
O julgamento está sendo presidido pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal, com júri popular, depois de dez anos do crime.
A mãe do garoto começou a depor por volta das 15h. Já o ex-padrasto de Joaquim começou a ser ouvido às 17h45, seu depoimento durou 3 horas. Ambos foram ouvidos separadamente. Além dos réus foram ouvidas nove testemunhas de defesa.
Hoje encerrou as partes das testemunhas e o interrogatório dos réus. Para esse sábado estão previstos os debates de acusação e defesa.
Relembre o caso
O menino Joaquim foi encontrado morto, jogado em um córrego em Barretos, a cerca de 120 km de Ribeirão Preto. A criança morava com a mãe e o padrasto, além de um irmão mais novo.
A causa da morte foi apontada como uma superdosagem de insulina aplicada no garoto. Segundo a denúncia, o padrasto aplicou o medicamento no menino, que era diabético.
As defesas contestam a causa da morte, visto que a perícia não encontrou a substância no corpo do garoto, já que é de rápida absorção no corpo. Ele, porém, não morreu por afogamento, com base em exames periciais.
Guilherme Longo é acusado de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele está preso em Tremembé, em São Paulo, desde 2018.
Natália Ponte também é acusada de homicídio triplamente qualificado; a diferença é a qualificadora de omissão. No entendimento da acusação, ela poderia ter evitado o contato da criança com o padrasto, que tinha comportamento agressivo.
A decisão caberá ao corpo de jurados, formado por sete pessoas.