Ainda em 2008, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram presos pela morte de Isabella Nardoni. A mãe dela, Ana Carolina Cunha, elogiou a rapidez da Justiça, mas é contra a progressão de pena do casal condenado pelo assassinato em 2010. Em 2019, Alexandre começou a cumprir regime semiaberto e, em junho deste ano, Anna Carolina conseguiu ir para o regime aberto.
Vale lembrar que ele foi condenado a 31 anos de prisão e ela a 26 por homicídio triplamente qualificado e fraude processual. O crime ocorreu em março de 2008. “O julgamento foi um processo muito doloroso, mas eu vi a justiça sendo feita. Porém, hoje não tenho como lutar contra a justiça do meu país, que tem progressão de pena. Uma pessoa até falou: ‘ela vai sair, ela tem uma vida longa pela frente’. Se eu não me engano, ela também tem 39 anos, é jovem e tem uma vida para seguir com os filhos, poder se reaproximar, estar com eles e essa é a parte que eu não concordo. Se um ente querido não volta para casa, eu acho que a pessoa que assassinou também não deve ter esse direito. Mas eu não tenho o que fazer, infelizmente”, disse Ana.
Leia também:
Caso Nardoni: mãe de Isabella vê em documentário ‘oportunidade’ de recontar história Alexandre ameaçou matar Ana Carolina Cunha e a ex-sogra, e sumir com Isabella quando ela tinha 1 ano Caso Isabella Nardoni: relembre o crime que virou documentário da Netflix
Documentário
Ana Carolina Cunha revisitou o passado ao recordar a morte da filha, Isabella Nardoni, durante o documentário lançado pela Netflix sobre o assassinato da criança ocorrido em março de 2008. Apesar de ter sido “bem difícil” reviver a história, Ana entende que o conteúdo é uma “oportunidade” de recontar um dos crimes que mais chocou o país para que ele não seja esquecido.
O roteiro é de Claudio Manoel (ex-Casseta & Planeta), que procurou Ana há dois anos para conversar sobre a criação do documentário. “Inicialmente, achei ótimo, porque sempre tive vontade de contar a minha história em um documentário, livro ou filme. Quando ele fez o convite, achei que seria uma ótima oportunidade de contar essa história, que não deve ser esquecida”, diz Ana.
Ana explica que reviver o passado, que jamais será esquecido por ela, foi “bem difícil”, mas que depois de ter recebido ajuda e apoio consegue tocar neste assunto e conversar com as pessoas. “Fiz tratamento por muitos anos e sempre falei sobre o quanto eu me cuidei para poder chegar nesse nível de poder contar essa história”, conta.
Para Ana, o documentário atingiu o “nível” que ela esperava. “Eles foram muito competentes na edição, na tratativa, carinhosos com tudo”, comenta. Ela acrescenta: “eles foram muito detalhistas, não deixaram passar nada”.