A colheita do
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita do milho segunda safra alcançou 2,25 milhões de toneladas no Tocantins, novo recorde estadual. O resultado foi impulsionado pelo aumento de área plantada, que passou de 373 mil para 415 mil hectares, e pela adoção de tecnologias que elevaram a produtividade, em algumas regiões, próxima de 130 sacas por hectare. Em nível nacional, o 12º levantamento de grãos projeta produção de 112 milhões de toneladas, alta de 24,4% sobre o ciclo anterior, o maior volume já registrado.
Na soja de sementes, foram implantados cerca de 51 mil hectares. O rendimento médio ficou entre 46 e 47 sacas por hectare, abaixo do potencial devido às altas temperaturas, mas com qualidade preservada, assegurando a diversidade genética necessária ao setor. Municípios como Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Formoso do Araguaia, Santa Rita do Tocantins e Dueré estão entre os autorizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária a realizar o cultivo de soja semente no período de entressafra, aproveitando as condições climáticas diferenciadas da região.
Segundo o vice-presidente da Aprosoja Tocantins, Thiago Facco, mesmo com adversidades climáticas, a safra manteve padrão de qualidade e reforçou a consolidação do Tocantins na segunda safra. “O Tocantins se consolidou na safrinha com resultados consistentes. Agora, o grande desafio está na comercialização, já que os custos de produção continuam elevados e exigem planejamento cuidadoso por parte do produtor”, avaliou.
Impacto positivo das chuvas na safra
No sul do Estado, o produtor e vice-regional da Aprosoja em Gurupi, Cristiano Caruccio, também avaliou o ciclo de forma positiva. “As chuvas prolongadas favoreceram a safra, apesar de perdas iniciais por seca e do impacto de pragas como lagartas e cigarrinhas. O preço atual não cobre os custos, mas já adquirimos todos os insumos para a próxima temporada. O segredo é fazer o básico bem feito”, destacou.
Com o encerramento do ciclo, a atenção já se volta para a próxima safra. A preparação do solo, a compra antecipada de insumos e a adoção de tecnologias modernas serão fatores decisivos para garantir competitividade e bons resultados ao produtor rural tocantinense.