Atualmente o Brasil enquadra-se no grau padrão de exigências com relação à importação de produtos para a União Europeia. Esse conjunto engloba regras rigorosas de qualidade, segurança, sustentabilidade e
Representantes do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), Faep, Fiep, Fetaep e Ocepar reuniram-se na última segunda-feira (15) para discutir e encaminhar as demandas do setor produtivo junto ao governo estadual com o objetivo de aumentar as exportações dos produtos paranaenses para a União Europeia.
De acordo com o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), Natalino Avance de Souza, essa discussão se dá num momento importante. “Abrir mercado para os produtores brasileiros, principalmente aos paranaenses, é uma ação necessária na situação atual. Não só para melhorar as vendas do agricultor, mas também para mostrar a qualidade do que é produzido aqui no estado, que trouxe ao Paraná o título do Supermercado do Mundo”, afirmou Natalino.
O superintendente-geral de Ordenamento Territorial do Paraná, Benno Doetzer, explicou que a proposta central é utilizar os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para reunir todas as informações disponíveis sobre as unidades produtivas do Estado, como forma de garantir a conformidade ambiental e produtiva das propriedades rurais.
“Dessa forma vamos ter um histórico do que é a propriedade. Dados sobre o uso de agrotóxicos, licenciamento ambiental, Cadastro Ambiental Rural, reunindo toda a conformidade ambiental e produtiva da propriedade, além do serviço geoespacial que vai dizer se houve desmatamento, e também qual foi o uso e ocupação da terra”, explicou Doetzer.
Parceria com o Google
A proposta à União Europeia está sendo elaborada dentro de um processo que o Governo do Estado está desenvolvendo com o Google, que contratou uma empresa parceira, financiada pelo gigante da tecnologia, sem custo para o Paraná, que vai entregar uma plataforma com o código-fonte, para integrar informações da Celepar com as ferramentas de inteligência artificial mais avançadas.
“Com essa plataforma não vai precisar ter um exército de analistas para sabermos o que está acontecendo, ou seja, as ferramentas de inteligência artificial do Google é que vão trabalhar os dados e gerar as informações que poderão nortear o desenvolvimento de políticas públicas e o acompanhamento de seus impactos”, acrescentou Doetzer.
A proposta foi bem recebida pelo setor produtivo e também pelos demais entes públicos envolvidos no processo. O próximo passo será a elaboração de uma carta de apresentação que será entregue pelos secretários estaduais ao Governador Carlos Massa Ratinho Junior para autorização.