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Queda do dólar limita negociações da soja no Brasil

De acordo com a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2025/26, a área de cultivo de soja brasileira pode somar um novo recorde

Desvalorização da moeda norte-americana tende a pressionar a paridade de exportação

A queda do dólar, que registrou na semana passada o menor patamar desde junho de 2024, afastou vendedores das negociações envolvendo grandes volumes de soja, apontam levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No início do mês, a soja apresentou aumento em seus preços devido ao dólar forte.

Segundo os pesquisadores, a desvalorização da moeda norte-americana tende a pressionar a paridade de exportação e, consequentemente, os valores internos. Ainda de acordo com o Centro de Pesquisas, esses agentes tentam aproveitar oportunidade de negócios, uma vez que a queda da taxa de juros nos Estados Unidos (de 0,25 ponto percentual) e a estabilidade na taxa de juros no Brasil (que está no maior nível desde 2006) podem atrair dólar para o mercado brasileiro e reduzir a taxa cambial.

Uma outra parte dos agentes, ainda conforme levantamento do Cepea, esteve cautelosa nas negociações, atenta às atividades de campo nos Estados Unidos e no Brasil. De acordo com a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2025/26, a área de cultivo de soja brasileira pode somar um recorde de 49,08 milhões de hectares, com produção em 177,6 milhões de toneladas da oleaginosa, ligeiramente mais otimista que o Secretaria de Agricultura dos EUA, que estima 175 milhões de toneladas.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde