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Produtores do Tocantins iniciam colheita do milho segunda safra

Estimativa é de mais de 2,3 milhões de toneladas produzidas no estado em 2025

A colheita da segunda safra de milho já começou no Tocantins. Segundo dados da Consultoria Pátria, que monitora os avanços da safra no estado a pedido da Associação dos Produtores de Milho e Soja do Tocantins (Aprosoja-TO), até o dia 13 de junho, 2,1% da área cultivada já havia sido colhida. O volume é compatível com o ritmo histórico registrado nos últimos anos.

Com um total de 440 mil hectares plantados nesta segunda safra, 7% a mais que na temporada anterior, a estimativa é que o Tocantins alcance uma produção de 2,390 milhões de toneladas de milho. A produtividade média esperada é de 5.420 kg/ha, o equivalente a cerca de 90,3 sacas por hectare.

O desempenho segue a tendência nacional, que prevê recorde na produção agrícola do país, com 336,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/2025, segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A segunda safra do milho representa a maior parte desse volume, com expectativa de 101 milhões de toneladas colhidas em todo o território brasileiro.

Colheita produtiva

Para o produtor Jeans Pansera, que produz milho nos municípios de Campos Lindos e Lizarda, a colheita já alcança 25% da área plantada em sua propriedade. “As produtividades estão boas até aqui. Foi um ano bem regular em termos de clima, com ótimas chuvas. O maior desafio tem sido o controle de pragas como lagartas. Mesmo assim, a segunda safra tem papel fundamental na sustentabilidade econômica da propriedade, ajudando no fluxo financeiro e deixando matéria orgânica no solo, o que é benéfico para a próxima safra de soja”, explica.

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A presidente da Aprosoja Tocantins, Caroline Barcellos, afirma que o início da colheita representa o resultado do planejamento financeiro e técnico adotado pelos associados e a vocação do estado para produção de milho.

Já o presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, destaca a importância da segunda safra para o abastecimento e a competitividade do país. “A colheita da segunda safra de milho é estratégica para o Brasil, não só pelo seu peso na balança comercial, mas também pela sua função no abastecimento interno e na renda da propriedade”, comenta.

*Giulia Di Napoli colabora com reportagens para o portal da Itatiaia. Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.