O PIB da cadeia de
O forte avanço no PIB da cadeia está atrelado à safra recorde no Brasil, que pode somar 169,7 milhões de toneladas, segundo a Abiove, e ao aumento no processamento da oleaginosa. De acordo com os pesquisadores, esse movimento acompanha a elevação da mistura obrigatória de biodiesel, que passou a incluir B14 e B15 em 2024. A demanda consistente por óleo também tem contribuído para manter a atividade industrial em patamares elevados.
Na agroindústria, o aumento do PIB deve ser de 3,21%. O levantamento mostra que o PIB dos agrosserviços também avança, crescendo 8,24%, com a produção volumosa do grão e as expectativas de ampliação do processamento. Já o segmento de insumos apresenta a alta mais modesta, de 3,17%.
Ao longo do primeiro trimestre de 2025, os preços caíram, mas permaneceram acima dos observados no mesmo período de 2024. Pesquisadores do Cepea/Abiove destacam que, diante da expansão produtiva e do avanço nos preços, a renda da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer após três anos de queda, a estimativa atual aponta aumento de 18,24%.
A partir de informações levantadas até o primeiro trimestre de 2025, estima-se que o PIB gerado por tonelada de soja produzida e processada poderá representar 4,4 vezes o PIB gerado pela soja produzida e exportada diretamente.
Mercado e comércio
No primeiro trimestre de 2025, a cadeia produtiva da soja e do biodiesel registrou aumento de 7,46% no número de pessoas ocupadas frente ao mesmo período do ano passado, totalizando 2,44 milhões de trabalhadores. A participação da cadeia produtiva na economia brasileira (2,38%) e no agronegócio (10,40%) cresceu em relação ao verificado em 2024.
As exportações de soja e do biodiesel totalizaram 27,91 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, com aumento de 1,15% frente ao mesmo período do ano passado. Já o valor exportado recuou 11,46%, totalizando US$11 bilhões nos três primeiros meses deste ano. Pesquisadores do Cepea/Abiove indicam que a queda no valor se deve aos menores preços de exportação, o que reflete, sobretudo, a perspectiva de safra global recorde em 2024/25.
A China segue sendo destaque e o principal destino das exportações brasileiras de soja em grão. O volume escoado ao país asiático no primeiro trimestre deste ano cresceu 6,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o farelo de soja, a União Europeia e o Sudeste Asiático foram destinos importantes e impulsionaram o avanço nos volumes enviados. No caso do óleo, a Índia é o principal mercado, recebendo 67,74% do total do derivado escoado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2025.