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Pecuaristas dos EUA apoiam tarifas de Trump e pedem bloqueio à carne brasileira

Tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelo presidente Donald Trump começa a valer no dia 1° de agosto

A tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelo presidente Donald Trump começa a valer no dia 1° de agosto. Em meio às preocupações no Brasil, os pecuaristas dos Estados Unidos defendem as ações de seu presidente.

“A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil com uma tarifa de 50%”, citou a entidade à CNN.

A entidade que representa os pecuaristas americanos desde 1898 informou ainda que defende a suspensão total da carne bovina brasileira importada.

“Uma tarifa de 50% é um bom começo, mas precisamos suspender as importações de carne bovina do Brasil para que possamos conduzir uma auditoria completa”, citou a entidade.

A NCBA também acusa produtores brasileiros de terem uma “abismal falta de responsabilidade em relação à saúde do gado e à segurança alimentar”, citando os casos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca.

“A falha do Brasil em reportar casos atípicos de EEB e seu histórico de febre aftosa são uma grande preocupação para os produtores de gado dos EUA”, citam os produtores americanos.

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No entanto, o Ministério da Agricultura afirma o Brasil nunca teve um “caso clássico” do mal da vaca louca – aqueles em que a doença ocorre pela ingestão de alimentos contaminados, especialmente farinha de carne e ossos.

No Brasil, há registro de seis casos atípicos da doença que não interferem no status do país na Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Isso acontece porque os casos têm ocorrência espontânea, quando a infecção se dá pela mutação espontânea da proteína – normalmente pela idade avançada do animal, sem ter relação com a ingestão de alimentos contaminados.

“O Brasil mantém o reconhecimento pela OMSA como país de risco insignificante para a doença desde 2012”, afirma o Mapa.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde