País que vai comprar carne bovina do Brasil após tarifaço de Trump é o 4º mais populoso do mundo

A Indonésia anunciou nesta terça-feira (19) a abertura de mercado para a carne bovina brasileira, tornando-se o 4º país a autorizar a importação após o tarifaço de Donald Trump contra a carne bovina. A medida foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa mais uma vitória do agronegócio nacional, mesmo após a saída dos Estados Unidos, que eram o segundo maior comprador do produto.

Indonésia abre mercado para carne bovina do Brasil

O acordo entre os governos do Brasil e da Indonésia estabelece os requisitos sanitários para a exportação de carne bovina com osso, miúdos, produtos cárneos e preparados de carne.

Com cerca de 283 milhões de habitantes, a Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e tem se tornado um mercado estratégico para proteína animal. O consumo de carne bovina no país cresce a cada ano, impulsionado pelo aumento da renda da população e pela expansão da classe média urbana.

Em 2024, a Indonésia importou cerca de US$ 4,2 bilhões em produtos agropecuários brasileiros, principalmente soja, açúcar e fibras têxteis. Agora, a carne bovina passa a integrar a lista de produtos exportados ao país asiático.

Filipinas também abriram mercado

Antes da Indonésia, as Filipinas já haviam liberado a importação de carne bovina com osso e miúdos do Brasil. Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro chega a 402 aberturas de mercado desde o início de 2023, consolidando ainda mais o país como o maior exportador de carne bovina do mundo.

EUA enfrentam preços recordes após tarifas de Trump

Enquanto o Brasil amplia seus mercados, os Estados Unidos vivem uma disparada nos preços da carne bovina. Dias após as tarifas impostas por Donald Trump entrarem em vigor em dezenas de países, consumidores relataram aumentos expressivos. Brasileiros que vivem nos EUA registraram cortes de carne bovina chegando a US$ 69 o quilo.

Em 2024, o Brasil exportou 229 mil toneladas de carne bovina para os EUA, sendo 60% destinada à produção de hambúrgueres. A expectativa do setor era chegar a 400 mil toneladas em 2025, mas a meta deve ser impactada pelas barreiras comerciais.

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