A maior feira do setor sucroenergético de Minas Gerais, a
Durante o evento especialistas também debateram o cenário atual com a
Em entrevista à Itatiaia, a economista Zeina Latif analisa que o Brasil pode não ser tão afetado. “Nós temos condições de navegar esse período melhor que a média dos países, não somos tão dependentes da economia norte-americana. Claro que alguns setores são afetados mas ainda tem negociações pela frente”, contou.
“Eu vejo o Brasil um país que ano após ano vem crescendo. Não tem uma crise dobrando a esquina, tem que ter bom senso na gestão dos recursos mas não pode deixar de investir”, analisa Latif.
Megacana 2025: líderes do setor discutem mercado de açúcar e energia em Minas Tecnologia “invade” o agro e é destaque da Megacana, no Triângulo Mineiro Pentacampeão do mundo, Cafu marca presença na Megacana360 no Triângulo Mineiro
O diretor de inteligência setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), Luciano Rodrigues também analisou o setor sucroenergético do Brasil.
“O setor não é um dos mais impactos, nossa exportação de etanol para os EUA é um volume muito pequeno, a exportação de açúcar a gente também atende algumas cotas do país norte-americano mas em termos de volume não é grande”, explica.
“Mas tem uma discussão a cerca da tarifa de importação do etanol dos EUA. O Brasil usa a tarifa do Mercosul, o etanol brasileiro é o que tem menor nível de emissão de gases do efeito estufa então o impacto imediato é reduzido perto de outros setores”, contou Rodrigues à Itatiaia.
Tecnologia e inovação
A Megacana também reuniu líderes e profissionais da inovação e tecnologia no agronegócio brasileiro.
“No que diz respeito à energia renovável, o mundo todo é dependente do Brasil, e aqui nós temos a principal matriz energética com o nosso etanol, um etanol verde, vindo da nossa cana de açúcar. Também na produção de açúcar, alimentando todo o mundo é bastante gratificante a gente poder contribuir com a produção sucroenergética”, disse Anderson Guerra, Gerente de Marketing Regional Corteva, multinacional norte-americana de produtos químicos agrícolas e sementes.
À Itatiaia, Juliano Ferreira, da Axis, empresa de tecnologia contou sobre a importância da tecnologia para o agro. “Através da tecnologia você consegue melhorar a aplicabilidade e trazer o foco da agricultura regenerativa: trazer para a natureza o que é da natureza. Regenerar o solo, toda a estruturra onde a cultura está fixada, no caso a cana. Melhorar a microbiologia do solo, que ajuda na fisiologia da planta, no controle de pragas”, explica.
Ferreira também falou sobre a importância de desmistificar o “alto custo” da agricultura regenerativa. "É um o investimento que você não pode olhar de imediato e sim de médio a longo prazo. Um solo bem cuidado vai trazer uma produtividade maior e consequentemente maior lucro para o produtor”.