A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começou nesta segunda-feira (10), reunindo representantes de 150 países em Belém (PA). Dentre as ações, a Embrapa Trigo participa da AgriZone, na vitrine de tecnologias em agricultura de baixo carbono.
O Programa
O objetivo é agregar valor ao trigo produzido em sistemas que contribuam para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), causadores do aquecimento global. Estão sendo implantados projetos-piloto para mensuração dos indicadores de redução de GEEs em diferentes cadeias produtivas, como a indústria moageira, de bioenergia e de carnes.
Na vitrine da agricultura de baixo carbono, o trigo divide espaço com outras culturas de grãos, como soja, milho e sorgo, além de tecnologias em plantas de cobertura e cultivos de 2ª safra. As pesquisas com carne de baixo carbono e carbono neutro também compõem o espaço.
Trigo Tropical
Na vitrine com trigo na AgriZone foi semeada a cultivar BRS Savana, último lançamento da Embrapa em triticultura tropical. O nome faz referência à Savana africana, ambiente semelhante ao Cerrado brasileiro para onde a cultivar é indicada. A cultivar BRS Savana foi desenvolvida para cultivo em sistema de sequeiro com ciclo precoce, pronta para colher em 100 dias, otimizando recursos ambientais enquanto reduz a dependência de água para produzir alimentos em ambiente tropical.
O destaque do trigo BRS Savana é a moderada resistência à brusone, principal doença do trigo tropical, condição que garante menor impacto no meio ambiente devido à redução no uso de fungicidas para proteger a lavoura. A sanidade é resultado da translocação do gene 2NS/2AS, capaz de reduzir a severidade da brusone em 50%. A classe comercial é pão e o potencial produtivo chega a 80 sacos por hectare, com indicação de cultivo em sequeiro nos estados de Minas Gerais, Goiás/DF e parte dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.