Mais de 5 mil litros de vinho clandestino são apreendidos em Porto Alegre

Foco da apreensão foram produtos que utilizavam o rótulo enganoso de “vinho colonial da Serra Gaúcha”

Ação ocorreu em nove estabelecimentos comerciais nas Zonas Sul, Norte e Leste de Porto Alegre.

Uma operação conjunta no Rio Grande do Sul apreendeu 5.369 litros de vinhos clandestinos em nove estabelecimentos comerciais nas Zonas Sul, Norte e Leste de Porto Alegre.

A ação, realizada na última quinta-feira (6), foi conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), com o apoio da Polícia Civil (Decrab e Decon).

O foco da apreensão foram produtos que utilizavam o rótulo enganoso de “vinho colonial da Serra Gaúcha”, mas que não apresentavam nenhuma referência à vinícola produtora ou as demais informações exigidas por lei.

O chefe da Dipov, Paulo Ricardo Dias da Silva, alertou para o uso indevido da nomenclatura: “Os produtos clandestinos se utilizam desta nomenclatura para enganar o consumidor. Vinhos coloniais, de acordo com a Lei Federal nº 12.959, só podem ser vendidos diretamente pelo produtor na sede do seu imóvel rural, em associações, cooperativas de produtores ou em feiras da agricultura familiar. Ou seja, o vinho colonial não deve ser encontrado nos estabelecimentos comerciais de forma geral”, explica Silva.

Risco de falsificação e análises

As amostras do material apreendido foram encaminhadas para análise no Laboratório de Referência Enológica da Seapi (Laren), em Caxias do Sul, para verificar a existência de possíveis falsificações.

“Análises laboratoriais feitas pelo Laren, em garrafas que utilizavam esse mesmo tipo de rótulo, identificaram a presença de água, corante artificial e álcool de outra procedência, que não vinha da fermentação da uva”, alertou o chefe da Dipov.

O que observar no rótulo do vinho, segundo a Seapi-RS:

  • Nome do estabelecimento ou do produtor responsável
  • Endereço do estabelecimento ou produtor
  • Classificação em relação à atividade
  • Número de registro do Ministério da Agricultura
  • Denominação e classificação
  • Marca comercial
  • Ingredientes
  • A expressão “indústria brasileira”
  • Conteúdo (em ml ou litros)
  • Graduação alcoólica
  • Identificação do lote ou partida
  • Prazo de validade
  • Frases de advertência, conforme a legislação específica
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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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