Chuvas fortes trazem otimismo para a safra de café 2026/27, aponta Cepea

Volumes satisfatórios de chuva são considerados cruciais para o desenvolvimento ideal das lavouras

Produção 2025/26 alcançou 56,5 milhões de sacas

As recentes chuvas em diversas regiões produtoras de café estão elevando o ânimo do setor. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a intensidade e a distribuição das precipitações tendem a favorecer o potencial produtivo da próxima safra 2026/27.

Para a variedade arábica, os volumes satisfatórios de chuva são considerados cruciais para o desenvolvimento ideal das lavouras.

Já para o robusta, apesar de um período inicial mais seco, o cenário também é promissor. O Cepea destaca que o Norte do Espírito Santo, área que concentra a maior parte da produção desta variedade, tem registrado chuvas em quantidades ainda maiores nos últimos dias.

Para a semana em curso, O Climatempo prevê novas precipitações no cinturão cafeeiro, um fator que, na avaliação do Cepea, intensifica as expectativas positivas entre os agentes do mercado.

Safra atual cresce, mas estoques seguem apertados

Embora as projeções para 2026/27 sejam otimistas, a safra atual (2025/26) ainda não foi suficiente para recompor os estoques de forma confortável. Dados divulgados neste mês pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a produção 2025/26 alcançou 56,5 milhões de sacas, aumento de 4,3% em relação a 2024.

Apesar do aumento em relação aos anos anteriores, o volume ainda está abaixo do necessário para que os estoques voltem a um patamar considerado seguro.

Bienalidade alta e clima favorável impulsionam 2026/27

As estimativas oficiais da Conab para a safra 2026/27 serão divulgadas somente em janeiro de 2026. No entanto, o otimismo é grande: além de se tratar de uma safra de bienalidade alta (período de maior produtividade para o café arábica), agentes consultados pelo Cepea indicam que as condições climáticas estão visivelmente melhores que as observadas em safras anteriores, mesmo com alguns dias de menor volume de chuva em novembro.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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