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Alta do café, pecuária e grãos: preço ao produtor agropecuário sobe mais de 20% em 2025

O grupo das hortifrutícolas foi o único que apresentou baixa nos preços

Alta foi impulsionada pela valorização dos grupos de café, pecuária e grãos

Os preços pagos aos produtores agropecuários brasileiros iniciaram em alta em 2025. Segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/Cepea) subiu 20,4% no primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período de 2024.

A alta foi impulsionada pela valorização dos grupos de café, pecuária e grãos. No grupo que reúne café e cana-de-açúcar o avanço foi de 36,7%, impactado especificamente pelas altas do café (de 146,1%), tendo em vista que os valores da cana-de-açúcar recuaram (-1,6%) na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2024.

Segundo o Cepea, o café foi negociado no mercado brasileiro a patamares recordes reais no primeiro trimestre de 2025, impulsionados pela oferta limitada do grão, pelos estoques apertados por conta da menor produção no Brasil e no Vietnã, pela demanda internacional firme e também por projeções que indicavam uma safra 2025/26 ainda pequena.

Na pecuária, todos os produtos que compõem o índice apresentaram alta: arroba bovina (32,8%), carne suína (31,6%), leite (25%), ovos (16,7%) e carne de frango (6,9%).

Já no caso dos grãos, a alta foi influenciada pelas valorizações observadas para o algodão (1,5%), milho (27,7%), soja (9,5%) e trigo (17%). No caso do arroz, as cotações recuaram (-18,5%).

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O grupo das hortifrutícolas foi o único que apresentou baixa nos preços, com queda média de 10%. Os produtos responsáveis foram a batata (de significativos -60,6%), tomate (-19,1%), banana (-30,2%) e uva (-2,4%). O movimento de alta para a laranja (de 33,9%) evitou que a queda deste Índice fosse ainda mais intensa.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde